Diante dos acontecimentos sociais e políticos que permeiam os países da América Latina, a Universidade Tiradentes (Unit) promoveu mais uma palestra do Ciclo de Debates sobre Direitos Humanos na América Latina. O encontro foi realizado na última sexta-feira, 04, pelo Programa de Pós-Graduação em Direito (PPGD), no anfiteatro do bloco F, no campus Farolândia.
“O interessante do ciclo é que o professor estrangeiro apresenta o tema aos alunos em espanhol e eles participam, e assim analisamos a situação dos Direitos Humanos atuais. A cada ciclo temos uma palestra sobre um país diferente. Desta vez, estudamos a Argentina, sobre a justiça e ditadura militar na Argentina”, explica o professor do PPGD/Unit, doutor Fran Espinoza, organizador do ciclo.
Convidada para falar sobre memória, verdade e justiça na ditadura cívico-militar e suas vítimas na Argentina, a professora da Università degli Studi di Milano, Itália, a doutora Marzia Rosti, lançou reflexões sobre a transição de regime político no país latino americano. “Preparei algumas reflexões gerais sobre os problemas que surgem quando um país passa de um período de ditadura para um período de democracia”, diz.
Para a doutoranda Carolina Porto, participar do ciclo de debates ajuda a ter mais ideias para o desenvolvimento dos seus trabalhos. “A minha pesquisa tem a ver com a desinformação e como ela se conecta muito com essa questão da ditadura. Em um dos artigos que eu estou desenvolvendo fala sobre os índices de liberdade de imprensa em um país que até os dias de hoje vive uma ditadura, que é a Nicarágua. Então, o ciclo ajuda muito a gente a ampliar os horizontes e aprender mais assim”, revela.
“O ciclo de debates estende o conhecimento tratado na disciplina ‘democracia e políticas públicas de Direitos Humanos para além da América Latina, trazendo experiência de outros pesquisadores latinos. Essa ideia de conhecer outras realidades baseia-se em desenvolver pesquisas e naturezas locais, por isso é interessante que a gente conheça o que acontece em outros países. Além de elevarmos o nível do programa, a qualidade das pesquisas e fazermos parcerias”, acrescenta o mestrando Bruno Teixeira Lins.
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