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A contribuição do EAD na formação superior dos indígenas

Um exemplo está em Propriá (SE), que recebe indígenas da Aldeia Kariri Xokó e oferece todo o suporte que eles precisam para se tornarem profissionais qualificados

às 20h49
Diego da Silva Cruz, estudante de Biomedicina
Diego da Silva Cruz, estudante de Biomedicina
Mirelly Cristina Cruz, estudante de Biomedicina
Ramille Tavares, estudante de Biomedicina
Jennifer Ferro, estudante de Direito
Janayna Oliveira, estudante de Biomedicina
Diego da Silva Cruz, estudante de Biomedicina
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Sete quilômetros. Essa é a distância que os estudantes indígenas da Aldeia Kariri Xocó percorrem até chegar ao polo de Educação a Distância (EAD), da Universidade Tiradentes (Unit) em Propriá (SE). Todos eles com o mesmo objetivo: conquistar o diploma de ensino superior e ingressar no mercado de trabalho.

Os estudantes de Biomedicina, Janayna Oliveira, Ramille Tavares, Myrelly Cristina Cruz, Diego da Silva e Audenio Campos, encontraram na modalidade uma oportunidade em comum, a de se tornarem biomédicos. Com o modelo híbrido de ensino em que eles só precisam se deslocar poucas vezes da aldeia até o polo de apoio presencial, ficou ainda mais fácil conciliar trabalho, estudos e a rotina do dia a dia.

A estudante Janayna Oliveira, conta que uma das principais vantagens do ensino a distância é o valor acessível do curso e ressalta que mesmo sendo mais em conta, a qualidade de ensino permanece a mesma. “Foi apenas nessa modalidade que pude fazer um curso de nível superior, com valor acessível e que coube na minha condição financeira. Além disso, podemos contar com o Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA), que é um sistema bem organizado, e que eu posso estudar quantas vezes quiser”, afirma.

Já a estudante Myrelly Cristina Cruz, diz que a maior vantagem para escolher o formato de ensino foi a flexibilidade. “O formato EAD oferece muita flexibilidade, permite assimilar melhor os conteúdos das disciplinas e controlar melhor o tempo dedicado ao aprendizado. Possui um sistema acadêmico bem organizado, de fácil acesso para estudar e a única diferença do presencial é a metodologia de ensino, mas o importante é que os modelos possuem as mesmas disciplinas”, destaca a aluna.

Flexibilidade e autonomia também foram os fatores que fizeram Ramille Tavares escolher esse formato. “Além de adequar bem as metodologias de aprendizagem, o EAD vem para garantir mais flexibilidade, liberdade para meu estudo sem que eu saia prejudicada, me promovendo autonomia e adaptação a novos contextos”, conta.

Diego, que já está quase no final do curso, já tem uma ideia sobre os seus planos futuros assim que terminar a graduação. “Vou poder oferecer meus conhecimentos adquiridos na universidade para melhorar de forma direta ou indiretamente algumas questões da aldeia em que vivo no que tange a área da Biomedicina”, relata o futuro Biomédico.

Além do curso de Biomedicina, Nutrição também é uma área almejada pelos alunos da aldeia. A estudante Viviane Pirigipe Rosendo, que também estuda no formato híbrido, se desloca três vezes por semana para o polo onde ela tem aulas práticas, que segundo a aluna, irão contribuir não só com a sua formação, mas também com a sua atuação na aldeia.

“Pretendo usar todos os métodos de aprendizagem e conhecimentos que eu conseguir adquirir à minha comunidade para que o meu povo tenha entendimento sobre a importância de uma alimentação saudável e que não se desfaça das riquezas alimentares que são as comidas típicas já existentes na etnia”, enfatiza.

Há também aqueles que preferem o modelo de ensino presencial, como é o caso da estudante de Direito, Jennifer Ferro, que mesmo optando por estudar presencialmente, também desfruta das ferramentas virtuais que os alunos do EAD utilizam. “O AVA tem sido um meio de estudo ótimo para aqueles que optaram por estudar de forma não presencial, nele encontramos tudo que precisamos, assuntos e provas. Temos professores tutores e uma grande rede de apoio”, declara.

Diminuindo as barreiras geográficas 

O gestor do polo que fica no campus da Unit em Propriá, Bruno Teles, reconhece a importância da inserção dos alunos indígenas no ensino superior e enfatiza o quanto o EAD é fundamental para a conquista do diploma. 

“É de fundamental importância o EAD ter alcançado a Aldeia Kariri Xocó, pois fez com que eles conseguissem ter acesso ao nível superior. Para nós, é uma modalidade que nos orgulha bastante por perceber que tem proporcionado momentos como esse para a população indígena, a qual ao longo dos anos tem lutado por direitos, inclusive na área educacional. Saber que o EAD da Unit tem oferecido essa oportunidade é motivo de muito orgulho”, elenca o gestor.

Bruno ainda menciona o papel da educação e como esse incentivo impacta na vida dos alunos. “Quando nós apresentamos a nossa missão de inspirar as pessoas a ampliar os horizontes é disso que falamos, de incluir todas as classes sociais. É um privilégio para nós do campus de Propriá receber a população indígena, e saber que essa comunidade está fazendo parte da Unit. Nós vibramos e valorizamos quando qualquer indígena alcança espaços dentro da universidade”, finaliza Bruno. 

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