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Acadêmicos do PPGD criam podcast para falar de Direitos Humanos

O podcast ‘Direitos Humanos em 5 Minutos’, criado por mestrandos e doutorandos do PPGD, está disponível no Spotify.

às 11h46
O podcast está disponível no Spotify.
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Mestrandos e doutorandos do Programa de Pós-Graduação em Direitos Humanos da Universidade Tiradentes (PPGD/Unit) criaram o podcast ‘Direitos Humanos em 5 Minutos’, no Spotify. A iniciativa é vinculada à disciplina Violência, Criminalidade e Segurança Pública, e tem como objetivo divulgar temas relativos aos Direitos Humanos de forma acessível para a comunidade em geral. Já estão disponíveis seis episódios no streaming. O próximo episódio será lançado no dia 27 de janeiro.

De acordo com a doutoranda Carolina Silva Porto, editora do podcast, o objetivo é promover a aproximação entre a universidade e a sociedade. “Pensamos em desenvolver algo que fosse original e acessível ao público. Por isso, os episódios duram em torno de cinco minutos e são em formato de áudio, o que facilita que sejam ouvidos em qualquer lugar, como no ônibus, no caminho do trabalho, na academia”, diz.

Os temas foram escolhidos de forma que abordassem assuntos específicos dos Direitos Humanos, como violência de gênero, segurança pública, direito à fraternidade e outros, todos com base nas pesquisas desenvolvidas pelos mestrandos e doutorandos do programa. Além disso, o formato em podcast e a duração contribuem para tornar os temas ainda mais acessíveis. 

“Os temas são de interesse da comunidade e tudo é falado de maneira bastante simples, para que o público em geral possa compreender. É justamente essa a ideia central: tratar de temas de direitos humanos, de maneira fácil e rápida”, justifica Carolina. 

Educação Libertadora

O primeiro episódio a ir ao ar foi ‘Educação Libertadora com Bruno Lins’. “O termo refere-se ao método educativo formulado por Paulo Freire. É um contraponto ao tradicionalmente adotado na alfabetização de jovens e adultos, intitulado como ‘educação bancária’, pois tem como regra o depósito de conteúdo, enquanto o papel da educação libertadora é, primeiramente, dar destaque aos saberes que o educando já possui, e gerar uma independência racional por meio do questionamento”, explica o mestrando e bolsista da Capes, Bruno Lins.

“A educação libertadora cria uma consciência crítica, de maneira que o aprendizado não é somente focado na alfabetização, mas também no desenvolvimento de uma percepção sobre os fenômenos sociais à sua volta. Da criação dessa consciência surge uma noção das causas e consequências dos problemas que lhe afetam, gerando um sentimento para a mobilização em prol de mudanças sociais. Essas lutas coletivas em prol de melhorias sociais representam historicamente o verdadeiro processo de conquista dos direitos humanos”, acrescenta. 

Tecnopolíticas de segurança pública

Voltado para o tema tecnopolíticas de segurança pública, o próximo episódio será lançado no dia 27 deste mês. “O tema é muito importante pois a implementação de tecnologias biométricas é uma realidade e uma questão de direitos humanos, já que respeito à privacidade, cidadania, igualdade, não discriminação e autodeterminação. É preciso assegurar que os dados colhidos sejam tratados com respeito”, revela a doutoranda e bolsista Capes, Roberta Arcieri.

“Para ilustrar, podemos apontar que os erros mais comuns e índices de falibilidade da tecnologia de reconhecimento facial afetam especialmente homens e mulheres negras no Brasil. Trata-se de uma situação que carece de atenção do direito, uma vez que a utilização de tais tecnopolíticas observe índices mínimos de transparência e mecanismos hábeis para obstar a manutenção de discursos racistas pelos algoritmos de aprendizagem”, antecipa.

Para a professora da disciplina Violência, Criminalidade e Segurança Pública, doutora Grasielle Borges, a iniciativa é muito importante. “A ideia é que o podcast permaneça mesmo após a conclusão da disciplina também com a participação dos professores. Penso que o podcast publiciza nosso trabalho e fala da temática de uma forma simples, que qualquer pessoa possa ouvir, de qualquer lugar e área, mesmo quem não está na área acadêmica ou profissional. Afinal, o Direitos Humanos precisa ser acessado por todas as pessoas”, conclui.

Ouça no Spotify os episódios do podcast ‘Direitos Humanos em 5 Minutos’.

 

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