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Espaço Joel Silveira: conheça as obras do jornalista sergipano

A exposição permanente possui mais de seis mil exemplares documentais que conta a história do jornalista sergipano 

às 14h51
Arcevo Joel Silveira
Arcevo Joel Silveira
Arcevo Joel Silveira
Arcevo Joel Silveira
Arcevo Joel Silveira
Arcevo Joel Silveira
Arcevo Joel Silveira
Arcevo Joel Silveira
Acervo Joel Silveira
Acervo Joel Silveira
Acervo Joel Silveira
Acervo Joel Silveira
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A Universidade Tiradentes (Unit), cumpre o importante papel social de guardiã de documentos, acervos de ilustres Sergipanos. Como é o caso da exposição permanente “Tempo de Contar – Centenário de Joel Silveira” que apresenta a trajetória do jornalista e escritor sergipano, Joel Silveira (1918-2007). Por meio do seu acervo pessoal composto por documentos textuais, iconográficos e bibliográficos revela-se o mundo do jornalismo brasileiro e as conexões jornalísticas vivenciadas na época.

A exposição conta com uma parte introdutória, em que através de uma linha do tempo, é possível acompanhar fatos marcantes da vida do jornalista. “O acervo documental doado pela família do jornalista conta com mais 3.200 exemplares de expressivo potencial para pesquisa e produção de conhecimento, nas áreas de Comunicação Social, Jornalismo e História. E mais de duas mil peças que contam a sua história pessoal, como a máquina de escrever que ele usava, fotografias e alguns objetos pessoais do seu escritório”, explica a gestora Biblioteca Central do campus Unit Farolândia, Gislene Maria da Silva Dias.

O acervo possui cerca de 6 mil exemplares, dentre eles, suas publicações de autoria consideradas raras, obras especiais em parceria com grandes nomes da literatura brasileira, como Manoel Bandeira e Rubem Braga; e uma coleção preciosa em parceria com Carlos Drummond de Andrade que até então só tinha na Biblioteca Nacional.

“São obras consideradas raras e especiais, nas diversas áreas do conhecimento: história, literatura, artes e principalmente Jornalismo. Uma fonte de pesquisa do maior Jornalista literário considerado ‘testemunha da história’”, afirma.

Joel Silveira

Nascido em Lagarto no ano de 1918, Joel Silveira foi para o Rio de Janeiro em 1937, onde se destacou como jornalista e escritor. Tem hoje cerca de 40 livros publicados. Foi agraciado com o Prêmio Machado de Assis, o mais importante da Academia Brasileira de Letras, em 1998, pelo conjunto de sua obra. Foi também ganhador dos prêmios Líbero Badarô, Esso Especial, Jabuti e Golfinho de Ouro.

Precursor do jornalismo literário, Joel Silveira marcou a imprensa com uma série de obras de caráter memorialístico. Conviveu com artistas, jornalistas e intelectuais brasileiros como Manuel Bandeira, Carlos Drummond de Andrade, Paulo Mendes Campos, Dorival Caymmi, Di Cavalcanti, Geneton Moraes, Zevi Ghivelder e Rubem Braga. Famoso pela sua mordacidade destacou-se em seu ofício literário e jornalístico com suas histórias e memórias.

Seus mais de 60 anos de carreira contabilizaram passagens por diversas redações do país e ocupou inúmeros cargos. Seu primeiro emprego foi no semanário Dom Casmurro, depois foi repórter e secretário da revista Diretrizes, escreveu também para os Diários Associados, Última Hora, O Estado de S. Paulo, Diário de Notícias, Correio da Manhã e Manchete. À época, foi escolhido por Assis Chateaubriand, dos Diários Associados, para ser correspondente de guerra junto à Força Expedicionária Brasileira.

A sua passagem pelo palco da Segundo Guerra está relatada em vários livros, o primeiro, “Histórias de Pracinha”, lançado em 1945 e o último, “O Inverno da Guerra”, lançado em 2005. Ele era detentor de uma pensão como ex-combatente que foi cancelada pouco antes de sua morte, em 2007, a pedido da Advocacia Geral da União, que alegou que ele não provou sua condição de ex-combatente: teria faltado um diploma emitido pelo Exército.

Posteriormente, já no final da vida, ele também assumiu, por um curto período de tempo, a Secretaria de Estado da Cultura de Sergipe durante a administração de Antônio Carlos Valadares.

Em 2010, o ex-governador Marcelo Déda homenageou a vida e obra do jornalista inaugurando a ponte Jornalista Joel Silveira que liga a capital sergipana ao litoral Sul, diminuindo a distância entre Aracaju e Salvador em cerca de 70 quilômetros.

 

 

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