A egressa do curso de Medicina da Universidade Tiradentes (Unit), Maylla Fontes Sandes, foi aprovada em 1º lugar no Exame Nacional de Residência (ENARE). Ela alcançou a maior nota na seleção para Residência Médica no Hospital Cirurgia (FBHC) e no Hospital Primavera.
Ela conta que fez duas provas de residência, mas seu objetivo era fazer a residência no estado. “O Enare dá a opção de escolher qualquer lugar do Brasil que esteja vinculado ao processo seletivo integrado para acesso aos programas de residência médica. Eu tive a maior nota de Medicina Intensiva do Brasil e optei por ficar aqui [em Sergipe]. Como tinha tirado a maior nota pude escolher entre o Hospital Cirurgia e o Hospital Primavera”, explica.
Para tomar a decisão de qual Hospital iria fazer a sua residência médica, Maylla conta que não foi uma decisão fácil, mas priorizou o contato com os professores e preceptores. “Os dois hospitais são referência em excelência, possuem quase o mesmo quadro de professores, mas acho que no Hospital Primavera tenho mais tempo e acesso com os professores. Isso foi o fator decisivo para a minha escolha”, afirma.
Maylla que não tinha planos de cursar Medicina acabou se apaixonando pela profissão. “Durante boa parte do ensino médio tive dúvidas, pensei até em fazer engenharia, mas eu gostava mesmo era de ciências da natureza. E essa preferência foi determinante para escolher qual curso iria fazer. A Medicina me desafiava, e isso foi instigando a minha vontade de estudar mais, de me dedicar mais às matérias que eu gostava na escola. E com o passar do tempo, quando já estava na graduação, os desafios foram aumentando e me deixando mais entusiasmada. A cada diagnóstico certeiro eu ia me encontrando mais no curso”, comenta.
A egressa optou por se especializar em Medicina Intensiva. Para ela, essa especialidade foi a que mais se encaixou no seu perfil. “Eu queria algo clínico que exigisse um raciocínio mais rápido e preciso, e é assim na Medicina Intensiva pois é uma especialidade médica que presta suporte avançado. O perfil dos pacientes que buscam por essa especialidade é um paciente que está em estado crítico, muitas vezes com doenças de difícil diagnóstico e que precisa de uma atenção maior. E eu gosto desse desafio, de estar ali presente para garantir a qualidade de vida e um diagnóstico correto, além de estar estudando e aprendo diariamente com cada caso”, destaca.
Durante a graduação na Universidade Tiradentes ela aproveitou para participar de alguns projetos de extensão e outras atividades. “Participei da fundação da Liga de Nefrologia e Urologia, da Liga de Pediatria, do Monitora Corona na época da pandemia. Aproveitei todas as oportunidades que a Unit me disponibilizou como estudante. Foi um período bastante proveitoso para a minha formação acadêmica e profissional. Os professores estavam presentes para dar o suporte necessário, a estrutura da Universidade me proporciona ter um estudo mais completo e isso com certeza foi determinante no resultado final que foi ser aprovada em 1º lugar no ENARE”, ressalta.
Para os próximos passos, a médica diz que pretende fazer diferença e se destacar como médica intensivista. “Em Sergipe não há tantos profissionais capacitados para atuar como intensivista. Pretendo fazer a diferença e ser referência para os profissionais que virão depois de mim. É importante ter aqui no estado profissionais capacitados e que sejam daqui mesmo. Esse é meu pensamento e por isso decidi fazer minha residência aqui”, salienta.
“Quero tentar dar a maior visibilidade possível, trazer coisas novas pra cá. Já estou com planos de no próximo ano fazer um estágio no Hospital de Trauma em Curitiba. No meu segundo e terceiro ano de residência quero fazer um um estágio em cardiointensivismo e neurointensivismo. Ainda vou decidir o local, mas quero ir pra fora também, ter essa experiência. Fazer alguns cursos especializado em ultrassom em São Paulo. Quero crescer a especialidade cada vez mais em Sergipe”, conclui.
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