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Professoras do CHA encerram visita à Unit com palestra para estudantes 

As americanas Katherine Lemons e Neha Sandeep falaram sobre abordagem a pacientes com obesidade nos Estados Unidos; visita abre novas possibilidades de parceria com a Unit

às 21h47
Aos alunos dos cursos de saúde da Unit, as médicas Katherine Lemons e Neha Sandeep, do Cambridge Health Alliance, falam sobre estratégia contra preconceitos existentes em relação às pessoas obesas (Asscom Unit)
Aos alunos dos cursos de saúde da Unit, as médicas Katherine Lemons e Neha Sandeep, do Cambridge Health Alliance, falam sobre estratégia contra preconceitos existentes em relação às pessoas obesas (Asscom Unit)
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Terminou nesta sexta-feira, 17, a visita das médicas e professoras norte-americanas Katherine Lemons e Neha Sandeep, do Cambridge Health Alliance (CHA), aos campi e unidades da Universidade Tiradentes (Unit) em Sergipe. Elas passaram cinco dias em uma agenda de trabalho que contou com reuniões e visitas técnicas, que incluíram unidades e infraestruturas mantidas para os cursos de saúde no Campus Estância, no Campus Farolândia e no Centro de Educação e Saúde Ninota Garcia, em Aracaju. 

A última atividade foi uma palestra para estudantes de Medicina e outros cursos da área de Saúde, no Anfiteatro do Bloco F do Campus Farolândia. Katherine e Neha falaram sobre a aplicação do “Health at Every Size” (“Saúde em Todos os Tamanhos”), uma estratégia de saúde pública desenvolvida nos Estados Unidos desde a década de 1960, que procura minimizar a perda de peso como objetivo de saúde e reduzir o estigma em relação às pessoas obesas ou com excesso de peso. Nesta abordagem, os profissionais de saúde são orientados a prestar o atendimento a pessoas que buscam perder peso ou alguma melhoria de saúde, mas sem pré-julgamentos em relação a cada paciente. 

A palestra foi prestigiada principalmente pelos alunos de Medicina, que acompanharam as explicações feitas em inglês pelas palestrantes e interagiram com muitas perguntas. Para a aluna Ludiane Matos Garcia Sampaio, do 5º período, o tema é muito importante e ainda pouco tratado, inclusive nas faculdades. “É um tema com o qual a gente acaba lidando muito nos ambulatórios e nos consultórios. A gente, muitas vezes, não sabe como tratar ele da forma certa. Essa palestra foi realmente muito importante pra gente e acrescenta, porque é uma forma da gente ter um contato com a visão de fora, diferente do que a gente está habituado a tratar no nosso dia a dia. E ajuda a treinar o inglês também”, avaliou ela, que também pretende estudar no exterior. 

Já a estudante Mikaelly Peixoto Santana, do mesmo 5º período de Medicina, também considerou a palestra importante pela relevância do tema. Saúde alimentar é algo não tão discutido quanto eu acho que a gente deveria discutir no sentido de saúde em si, Achei super importante voltar à saúde alimentar como um ponto da saúde mental. Eu gostei bastante. Achei agregador, em vários sentidos”, disse. 

Para a assessora de Relações Internacionais da Unit, Júlia Gubert, a apresentação foi uma oportunidade para os estudantes saberem como um mesmo tema conhecido é tratado por profissionais de fora do Brasil, permitindo uma forma diferente de tratar os pacientes. “É algo que elas trabalham muito lá nos Estados Unidos, no Cambridge Health Alliance, e elas puderam  trazer para os alunos um conhecimento um pouco diferente, que pode ampliar o que eles já conhecem e trazer novas notícias, novas formas de pensar sobre o que eles trabalham”, destacou. 

Balanço positivo

Bastante simpáticas e solícitas às intervenções dos alunos, as professoras americanas elogiaram a parceria do CHA com a Unit, além de se sentirem bastante acolhidas em Sergipe. Para ambas, a viagem ao Brasil, também marca uma jornada de aprendizado. “Nós aprendemos tanto sobre a cultura brasileira e como a saúde é estabelecida no Brasil. Foi incrivelmente importante, não apenas para aprender de um ponto de vista profissional, mas também de um ponto de vista pessoal e social, para melhor entender os nossos pacientes e criar conexões significativas com os estudantes de medicina. É algo que eu me lembro pelo resto da minha carreira”, afirmou Katherine.  

“Eu acho que trabalhar com os alunos aqui foi uma experiência tão linda, porque ela construiu uma ponte entre nossas culturas e nossos países. É muito claro para mim que nós temos a mesma paixão, que nós todos estamos aqui fazendo esse trabalho para ajudar os pacientes e nossas comunidades. É tão maravilhoso ver que nós temos mais semelhanças do que diferenças”, acrescenta Neha. 

A gerente de Relações Internacionais da Unit, Selen Ive Carneiro, também fez um balanço positivo da visita técnica, que também envolveu hospitais e Unidades Básicas de Saúde (UBSs) em Aracaju, além do Campus Unit Estância. Ela afirma que o intercâmbio vai abrir novas possibilidades de projetos a serem desenvolvidos em conjunto pelas duas instituições. “Elas conseguiram conhecer um pouco do que nós fazemos aqui de uma forma prática, de uma forma real. Também conheceram a realidade do interior e de como aquela região [de Estância] se beneficiou da presença da Unit, principalmente do curso de Medicina e da área de saúde. E serviu também para que elas pudessem, através disso, prospectar oportunidades de interação mais específicas conosco”, concluiu. 

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