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Doutoranda desenvolve nanopartículas de prata a partir de bactérias

Camilla Valença, doutoranda em Biotecnologia Industrial, busca transformar resíduos em produtos com valor agregado

às 19h03
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A poluição é um problema global que afeta a saúde humana e o meio ambiente. A cada ano, toneladas de resíduos são produzidas e lançadas no meio ambiente, causando danos à biodiversidade e à qualidade da água, do ar e do solo.

Pensando em reduzir a poluição, a doutoranda pelo Programa de Pós-graduação em Biotecnologia Industrial (PBI) da Universidade Tiradentes (Unit), Camilla Valença, está desenvolvendo uma pesquisa que pode revolucionar a forma como vemos a interação entre a natureza e a ciência, por meio de nanopartículas de prata a partir de bactérias isoladas da areia da Praia da Atalaia, em Aracaju (SE).

“Minha linha de pesquisa foca em microbiologia aplicada ao desenvolvimento de produtos. No meu projeto, estou trabalhando no desenvolvimento de nanopartículas de prata, produzidas a partir de extrato de uma bactéria isolada da praia da Atalaia. Essas nanopartículas têm potencial antimicrobiano, podendo ser aplicadas em produtos com essa finalidade”, explica Camilla.

As nanopartículas de prata são conhecidas por suas propriedades antimicrobianas, o que significa que elas podem matar bactérias e outros microrganismos. Camilla acredita que as nanopartículas desenvolvidas por ela podem ser utilizadas para combater a poluição de água e ar, além de serem utilizadas em cosméticos e medicamentos.

“O impacto que minha pesquisa pode gerar na sociedade é o de converter algo que normalmente é considerado como maléfico, no caso as contaminações presentes nas areias de praia, em um produto de valor agregado potencial para ser vendido e também em escala industrial para gerar novos empregos na produção”, reforça.

Os benefícios sociais dessa pesquisa são notáveis. Camilla vislumbra a possibilidade de transformar algo considerado prejudicial, como a contaminação nas areias das praias, em um produto valioso. Essa inovação não apenas abre portas para novas oportunidades de negócios, mas também pode impulsionar a criação de empregos em larga escala.

O papel do ITP

O Instituto de Tecnologia e Pesquisa (ITP) tem sido o alicerce para os estudos de Camilla. “Fazer parte do Laboratório de Biologia Molecular dentro do ITP, aliado ao Programa de Biotecnologia Industrial, dá um peso significativo ao trabalho desenvolvido. Estamos em um Programa conceituado com nota 6 pelo MEC, o que confere uma relevância nacional ao nosso esforço”, destaca a pesquisadora.

A jornada acadêmica de Camilla foi moldada pela Universidade Tiradentes, desde os primeiros passos na iniciação científica e monitoria durante a graduação em Nutrição. “Foi dentro da Universidade, através das iniciativas como iniciação científica e monitoria, que descobri minha vocação. Decidi pela carreira da pesquisa e acadêmica por acreditar que a ciência tem a capacidade de resolver todos os problemas de diversas maneiras e em diferentes áreas, principalmente através da multidisciplinaridade”, compartilha.

Com um futuro promissor pela frente, Camilla almeja não apenas avançar em sua carreira acadêmica, mas também inspirar e moldar a próxima geração de pesquisadores e cientistas. Sua trajetória é um exemplo de como a união entre a paixão pelo conhecimento e o compromisso com a sociedade pode gerar resultados transformadores.

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