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Aluna de Psicologia faz mobilidade acadêmica em Portugal

A estudante Ana Luísa Rocha fala sobre as diferenças e impressões da carreira e dos estudos após fazer um semestre na Universidade de Aveiro, no centro-norte do país

às 12h18
A sergipana Ana Luísa Rocha, estudante de Psicologia da Universidade Tiradentes (Unit), que está concluindo a mobilidade acadêmica na Universidade de Aveiro, em Portugal (Acervo pessoal)
A sergipana Ana Luísa Rocha, estudante de Psicologia da Universidade Tiradentes (Unit), que está concluindo a mobilidade acadêmica na Universidade de Aveiro, em Portugal (Acervo pessoal)
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O intercâmbio no exterior permite ao estudante um mergulho mais profundo na vida e no cotidiano do país escolhido para estudar. Este é o caso de Ana Luísa Rocha, aluna do 9º período do curso de Psicologia da Universidade Tiradentes (Unit), uma das aprovadas na edição 2023-1 do Programa de Mobilidade Acadêmica Internacional (ProMAI), que permite aos alunos da Unit fazer um semestre do curso em uma universidade parceira fora do Brasil. 

Desde setembro do ano passado, Ana está em Portugal e faz mobilidade acadêmica na Universidade de Aveiro (UA), em Aveiro, cidade da região centro-norte do país que fica a 255 quilômetros da capital Lisboa. Ela conta que descobriu o ProMAI através da mãe, que recebeu uma mensagem da Unit e a incentivou a se inscrever. “Eu me preparei me informando sobre os processos de internacionalização com a Gerência de Relações Internacionais (GRI) e pesquisas pessoais. Tenho um contato próximo com o pessoal da GRI, que me ajuda muito com minhas dúvidas sobre o intercâmbio”, disse ela. 

Entre os aspectos que mais chamaram a atenção da sergipana, está a maneira e a metodologia de ensino da UA, que foi criada em 1973 e está entre as 10 melhores instituições de ensino superior de Portugal, ficando em sexto lugar no ranking mundial de 2022 da Quacquarelli Symonds (QS), além de colocada entre as 100 melhores da Europa pelo ranking da Times Higher Education (THE). A cidade de Aveiro, conhecida como “Veneza Portuguesa” e entrecortada por muitos canais e cursos d’água, também agradou a aluna, por ser, segundo ela, pequena, segura, e bem confortável para se viver. 

Para Ana, uma das principais diferenças está na forma como a Psicologia é ensinada e praticada. “A psicologia daqui de Portugal é muito mais focada na parte investigativa, na de psicopatologias, uso da tecnologia e esses mecanismos. Ela é ensinada dessa forma bem mais prática e muito menos dinâmica do que no Brasil, eu diria. Foi essa a diferença principal que eu notei que eu tive mais dificuldade nessa adaptação, porque no Brasil é uma coisa muito mais direcionada para a área social, para a área clínica, hospitalar e coisa do tipo”, relata. 

Além das diferenças profissionais, a intercambista também se impressionou positivamente com a cultura do país e com as diferenças linguísticas, nas quais descobriu frases e expressões que são comuns entre os portugueses e não tão conhecidas nem usadas pelos brasileiros. “⁠Temos nossas diferenças culturais entre Portugal e Brasil, que foi algo que me afastou das pessoas daqui, mas de forma geral tive uma boa experiência e aprendi sobre o funcionamento da população aqui”, diz a aluna. 

O período em Portugal terminou agora em janeiro, mas Ana Rocha decidiu renovar a sua mobilidade por mais um semestre, o que é possível e permitido aos participantes do ProMAI, desde que eles manifestem interesse nisso e que passem por um outro processo de seleção e aprovação junto à universidade parceira. Agora, a aluna da Unit se prepara para ir a Sevilla, na Espanha, onde vai cursar um semestre acadêmico na Universidad de Sevilla. 

A futura psicóloga define a experiência como “transformadora” e rica em aprendizados. “Foi algo que eu jamais esperava viver, mas que mudou a trajetória da minha vida para melhor. Me abriu muito os olhos para o quão grande o mundo é e quantas oportunidades nós temos e muitas vezes não percebemos. Eu pretendo continuar aprendendo sobre o mundo, outras culturas e expandindo meus horizontes da maneira que eu puder”, encerrou Ana. 

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