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Intercâmbio na Coreia do Sul abre oportunidades para egresso da Unit

Frederico Costa, ex-aluno de Educação Física, cursou um semestre na Myongji University e destaca os aprendizados e experiências que viveu durante a mobilidade acadêmica

às 14h58
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A Coreia do Sul é um dos países que mais despertam fascínio e interesse entre os jovens brasileiros, principalmente por causa das bandas musicais de k-pop e dos seriados conhecidos como doramas. O forte investimento em ciência e tecnologia de ponta é outro grande atrativo. Isso também coloca o país como um forte destino para estudos e atividades de intercâmbio, principalmente em universidades do país asiático, cada vez mais abertas e preparadas para receber estudantes de todo o mundo. 

Um dos sergipanos que viveram essa experiência é Frederico Barros Costa, egresso do curso de Educação Física da Universidade Tiradentes (Unit). Entre fevereiro e agosto de 2019, ele fez mobilidade acadêmica na Myongji University, uma das principais instituições de ensino superior sul-coreanas. Na ocasião, ele foi aprovado no processo seletivo do Programa de Mobilidade Acadêmica Internacional (ProMAI), do qual decidiu participar depois de ver um cartaz entre os blocos do Campus Farolândia. “Vi que seria uma oportunidade bastante interessante, e busquei informações sobre o processo seletivo. Quando tomei conhecimento dos itens que pontuavam, busquei uma professora para me orientar e me indicar para o processo”, relembra.

Durante a mobilidade, Frederico fez disciplinas na área de Instrução Atlética e se dividia para assistir as aulas nos campi da capital, Seul, e de Yongin, cidade mais ao sul do país. Para se deslocar entre elas, ele encarou viagens entre três e quatro horas de ônibus, facilitadas por um transporte público de ótima qualidade. “O nível de tecnologia é marcante na Coreia do Sul. Me apaixonei pelo elevado índice de automação e conectividade do país. Desde o wi-fi 5G em qualquer rua, até as grandes lojas de produtos tech. Além disso, o país possui um nível altíssimo de segurança pública, tornando a minha estadia por lá extremamente tranquila”, acrescenta ele, sobre outras impressões positivas que teve sobre o país. 

O egresso também elogia a Myongji, destacando a estrutura da universidade e o acolhimento para estrangeiros. “Grande parte dos alunos era de outros países e as acomodações eram extremamente confortáveis. Havia um programa de acolhimento para estrangeiros que era conduzido por um grupo de alunos orientados pela coordenação de relações internacionais. Eles foram cruciais para o meu processo de adaptação à cidade, e estavam sempre disponíveis para dar suporte aos alunos estrangeiros”, diz Costa. 

Entre os desafios que enfrentou para se adaptar à Coreia do Sul, Frederico elencou fatores como o fuso horário (12 horas de diferença em relação a Brasília), o idioma coreano, a cultura, a culinária e o inverno rigoroso, com temperaturas inferiores a -10°C (10 graus negativos). Apesar disso, a comunicação foi facilitada pela sua fluência em inglês, também presente no dia-a-dia sul-coreano. “O inglês, na época, já era minha segunda língua. Como existe muita influência norte-americana no país, havia muito suporte para a língua inglesa. Era muito fácil conseguir informações, se guiar pela cidade, e encontrar serviços necessários para o dia-a-dia. Havia também muita clareza no sentido burocrático (nesse ponto cabe citar a universidade Myongji, que me guiou bastante). Os coreanos no geral são muito educados, dispostos a ajudar, e diversas vezes pude contar com suporte de pessoas que nem conhecia”, conta Barros.

Frutos e aprendizados

O período de estudos em Seul e Yongin rendeu vários aprendizados e resultados positivos para Frederico, que se formou na Unit em dezembro de 2020. Entre eles, o egresso cita amizades e contatos profissionais com pessoas e profissionais de vários países, além de diversos pontos de melhoria para o que chama de human skills (habilidades humanas). “Essas habilidades são cruciais no mercado de trabalho. Muitas pessoas subestimam essas habilidades, mas são fatores primordiais para o mercado de trabalho. Hoje consigo trabalhar com pessoas de culturas e nacionalidades diferentes sem problema algum, e desenvolvi muita independência e adaptabilidade para situações diversas. Tenho certeza que essa experiência foi decisiva nesse sentido”, avalia. 

Após a conclusão do curso, Frederico chegou a trabalhar como gerente de uma rede de academias de Aracaju, mas também fez outra graduação na área de Tecnologia da Informação. Hoje, ele trabalha com desenvolvimento de software em uma multinacional francesa, dentro de uma equipe internacional. “Lidar com pessoas de nacionalidades diversas, franceses no caso, teria sido um choque se não fosse pela minha experiência prévia no ProMAI”, diz o egresso, que ainda pretende voltar para a Coreia do Sul e seguir carreira no país, um dos principais produtores mundiais de alta tecnologia. 

E sobre o programa da Unit, Barros destacou o suporte prestado à época pela Coordenação de Relações Internacionais, que detalhou todo o processo de intercâmbio e deu apoio tanto na providenciação de documentos quanto na concessão de uma bolsa para auxílio nos custos. “Se não fosse o programa essa experiência nunca teria acontecido para mim, isso é certeza. Dei meu voto de confiança para o programa, e fui muito bem recompensado por isso. Todo mês eu me comunicava com a coordenação e relatava minha situação, isso me dava segurança. Eu esperava que fosse ser incrível, e ainda assim superou minhas expectativas”, concluiu. 

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