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Inteligência Artificial: mudanças no mercado de trabalho começam a demandar qualificação especializada

O estudo aprofundado sobre como funciona a IA é um dos requisitos básicos para se destacar neste novo cenário.

às 14h45
Adolfo Guimarães - docente do curso de Ciências de Dados e Inteligência Artificial de Pós-graduação Lato Sensu da Universidade Tiradentes (Unit)
Adolfo Guimarães - docente do curso de Ciências de Dados e Inteligência Artificial de Pós-graduação Lato Sensu da Universidade Tiradentes (Unit)
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Ao longo dos anos, a sociedade tem se beneficiado do aparecimento de novas tecnologias de Inteligência Artificial (IA) que facilitam desde tarefas corriqueiras, como a criação de pequenos anúncios, até experiências mais complexas, a exemplo da coleta e análise de dados, geração de relatórios e programação. No entanto, o surgimento de ferramentas como ChatGPT e Stockimg já começam a provocar mudanças significativas no mercado de trabalho, indicando a necessidade de readaptação e especialização por quem é da área.   

Nos Estados Unidos, por exemplo, a chegada desses novos recursos já tem alterado a dinâmica de empresas e de profissionais autônomos. Quase metade dos mil líderes empresariais do país, os quais participaram de um estudo elaborado pela plataforma Resume Builder, revelaram que já utilizam o chatbot na execução de tarefas do dia a dia de suas empresas. Enquanto isso, outra pesquisa estadunidense, divulgada pelo portal Olhar Digital, aponta uma redução de 2% na demanda por freelancers e pequenos empresários, resultando na queda de mais de 5% em sua remuneração, desde o lançamento público do ChatGPT, em novembro de 2022. 

Para o docente do curso de Ciências de Dados e Inteligência Artificial da Pós-graduação Lato sensu da Universidade Tiradentes (Unit), Adolfo Guimarães, o fator humano ainda será essencial, mesmo com um maior desenvolvimento da IA nos próximos anos. Por este motivo, profissionais com conhecimento especializado na área podem se dar bem em razão do nível de impacto que estas ferramentas já acarretam em diferentes segmentos da sociedade, durante a  otimização de processos antes burocráticos. 

“Esse tipo de revolução tecnológica já aconteceu no passado e o que estamos vivendo agora nada mais é do que um novo tipo de revolução, que cria novos impactos na vida das pessoas e que tem se popularizado muito mais rápido, diferente do que ocorria antes. O ponto principal para os profissionais da área é saber que estão indo para um mercado de trabalho onde essa tecnologia já existe e que isso vai afetar a sua vida, direta ou indiretamente. Hoje, por exemplo, se fala muito em pessoas que saibam escrever prompts para ferramentas como o próprio ChatGPT”, pondera. 

Profundo conhecimento das técnicas 

Conceito de algoritmos, aprendizado sobre máquinas e conhecimento acerca de redes neurais. Estes são três dos principais temas que envolvem o processo de criação de uma IA e que representam um importante requisito aos que optam pela especialização, por meio da pós-graduação na área. Para isso, a escolha por cursos que apresentem disciplinas como machine learning, conforme reforça Adolfo, é fundamental não apenas para entender a tecnologia de forma mais completa, como também ter uma visão ampla dos efeitos causados por ela, incluindo suas implicações de natureza ética.

“Isso tem dois pontos bem positivos: primeiro, uma vez que você conhece bem essas técnicas, você saberá operar melhor a ferramenta e também justificar o seu uso. Outro ponto são as discussões trazidas para dentro da sala de aula, voltadas à formar profissionais que utilizem a IA de forma ética e com responsabilidade, entendendo os limites e malefícios que podem ocorrer, como por exemplo o uso para propagação de notícias falsas e manipulação da realidade, por meio da alteração de fotos e vídeos. A pós-graduação oferece isso, um debate que trará profissionais diferentes, com visões diferentes, gerando pontos positivos para o mercado”, ressalta o professor.

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