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Webinar apresenta resultados e diretrizes do Programa de Gestão de Aprendizagem

O encontro preparou professores e coordenadores para a aplicação das avaliações diagnósticas em alunos de períodos iniciais, a partir da semana que vem

às 21h30
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A Pró-Reitoria de Graduação da Universidade Tiradentes (Unit) realizou nesta quarta-feira, 24, um webinar de apresentação sobre os resultados do Programa de Gestão de Aprendizagem em 2023. Ele reuniu cerca de 80 coordenadores, professores, gestores de polos e assistentes educacionais da Unit Sergipe, do Centro Universitário Tiradentes (Unit Pernambuco) e da Faculdade Tiradentes de Goiana (Fits Goiana). 

Na reunião, foi apresentado um relatório produzido pela consultoria Numbers Talk, que atua desde 2019 em parceria com as instituições mantidas pelo Grupo Tiradentes. Os dados foram apresentados pelo diretor da Numbers Talk, Luiz Alvares, que destacou a importância da parceria com o Grupo Tiradentes e dos investimentos em processos de melhoria e aperfeiçoamento da aprendizagem. 

Os dados se referem ao processo de Avaliação Diagnóstica, que mede o nível de aprendizagem dos alunos que estão entre 0 e 25% de integração do currículo, isto é, entre o 2º e 3º períodos. Eles buscam identificar como está o nível e a performance de aprendizagem de cada aluno em quatro áreas do conhecimento: interpretação de texto, uso da língua portuguesa, raciocínio lógico e operações matemáticas. As avaliações, referentes ao período 2024-1, passarão a ser aplicadas a partir da próxima semana, em todos os cursos das Units e da Fits. 

“Essas provas sinalizam para a gente as expectativas dos alunos quando entram para o Grupo Tiradentes, e a gente passa a entender as mudanças de perfil dos estudantes e como é o perfil de cada curso. O programa se utiliza muito disso para desenhar ações e atividades que auxiliem os alunos nesse processo”, diz Alvares, pontuando que os resultados desta avaliação são compartilhados e analisados pelos NDEs [Núcleos de Desenvolvimento Educacional], coordenadores e professores. “Eles são usados para compreender esses movimentos, o que isso traz de impacto para os diferentes perfis de estudantes, e como é que o Grupo pode constantemente estar melhorando os seus programas”, afirma o diretor.

Gaps de aprendizagem

A partir destes resultados, são identificados os chamados gaps (dificuldades) de aprendizagem e os cursos de nivelamento que são oferecidos aos alunos para a resolução destes problemas, dentro da Formação Individual e Completa (FIC). São cursos indicados de acordo com o desempenho de cada aluno, e que oferecem um conjunto de recursos em linguagem e formato apropriados. 

Para a professora Ana Cláudia de Ataíde Mota, assessora do Programa de Gestão de Aprendizagem, a superação dos gaps é crucial para que cada estudante tenha um melhor aproveitamento de seu curso. “Isso mostra o quanto precisamos ter uma base sólida para que possamos avançar. Muitas pessoas podem pensar: ‘Ah, voltar ao que era da escola?’ Primeiro: se eu não tenho autonomia em relação a minha língua materna, por exemplo, a minha aprendizagem será impactada em todos os aspectos. Seja em relação à comunicação, quando preciso dialogar ou escrever um texto, e na interpretação também. Isso certamente é um grande diferencial nosso da Universidade Tiradentes, e faz parte do nosso Modelo Acadêmico Tiradentes, sendo pensado como uma ação fixa. É muito importante que nós digamos aos alunos qual é o propósito desse exame”, aponta Ana. 

O gerente de qualidade da pró-reitoria de Graduação, Antônio Minoru, citou os recentes resultados do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa), exame realizado entre estudantes do ensino básico em mais de 60 países. Ele coloca o Brasil em níveis abaixo da média mundial de desempenho em matemática, leitura e ciências. “Como instituição de ensino superior, a gente não pode ficar no patamar de achar que não é da nossa responsabilidade olhar para o ensino básico. Quando os alunos chegam na nossa instituição, também é dever nosso identificar essas potencialidades e fragilidades, e dar para eles, além da formação técnico-científica, essa formação para a vida. Todos nós temos que olhar com muito carinho para o Programa de Gestão de Aprendizagem, e tomá-lo como nosso dever”, exorta. 

O professor Diogo Galvão, reitor da Unit Pernambuco e diretor-geral da Fits Goiana, destacou que a participação dos alunos e professores na gestão de aprendizagem e nos cursos de nivelamento vai ajudar a colocar cada pessoa em uma melhor posição no mercado de trabalho. “A autopercepção, o autoconhecimento, o investir em si mesmo, é importante para a construção da sua carreira. Esse é um pilar do Grupo Tiradentes, mas é fundamental que a comunidade acadêmica inteira entenda e viva a gestão da aprendizagem, para que todos compreendam o valor que é conseguir ter uma lupa em cima daquilo que você precisa melhorar. Isso só mostra o quanto o nosso Grupo tem o compromisso em formar e preparar o aluno de fato, e olhar para o estudante de maneira a contribuir para a formação da vida dele, e não apenas a construção acadêmica”, afirmou.   

Os mentores participam

A reunião teve ainda a participação de três alunos do Projeto Mentoria, no qual estudantes veteranos acompanham os ‘calouros’ de cada curso, prestam informações e orientam sobre a vida acadêmica, a rotina e o funcionamento da universidade. Estes três alunos participaram do processo de avaliação diagnóstica e dos cursos de nivelamento promovidos pelo Programa de Gestão de Aprendizagem. Eles compartilharam as suas experiências e destacaram as melhorias que a experiência proporcionou em suas trajetórias acadêmicas. 

“O Mentoria é de extrema importância por manter essa proximidade com os alunos. Temos alunos espalhados por todas as áreas, que vão auxiliar nessa inserção de cada aluno vindo do ensino médio para o ensino superior. Então, nossos mentores acabam tendo um papel fundamental em relação ao Programa de Gestão de Aprendizagem. São dois programas institucionais que se apoiam no sentido de auxiliar e demonstrar a importância para os alunos dessa gestão de aprendizagem”, destaca o professor Nivaldo Souza Santos Filho, coordenador do Projeto Mentoria. 

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