Não há como negar que a Inteligência Artificial (IA) veio para ficar. Com inúmeras potencialidades, este novo artifício tecnológico vem, cada vez mais, se consolidando como uma das ferramentas que, aos poucos, pode revolucionar o mercado de trabalho em seus mais diferentes setores. E nesse panorama instigante, o ramo da IA Generativa tem se destacado mais ainda, principalmente por uma extensa capacidade de gerar conteúdos a partir de padrões e dados existentes.
Para os alunos da Universidade Tiradentes (Unit), este foi o tema debatido durante o evento ‘Desvendando a Inteligência Artificial – IA Generativa na Amazon Web Services (AWS)’, realizado na noite desta quinta-feira, 13, no Tiradentes Innovation Center, no campus Farolândia. Com mediação pelo gerente sênior de Soluções para Clientes da plataforma e egresso da Unit, Exson Machado de Souza, o objetivo do encontro foi oferecer aos estudantes um conhecimento aprofundado das mais recentes tendências ligadas ao assunto.
“É realmente um assunto que tem hype, mas não é só isso. É bem importante entender que a IA Generativa está trazendo para um público mais amplo os conceitos que já são usados há anos. Então, ela faz parte da aplicação da Inteligência Artificial para resolver problemas, claro que numa escala diferente, mas que conseguiu trazer resultados bem interessantes”, disse Exton ao abrir a palestra para o público.
Quem esteve presente, aproveitou o momento para conhecer e aprender mais sobre a IA Generativa, além de descobrir como esta tecnologia tem contribuído no dia a dia de grandes empresas. Este foi o caso do estudante do 6º período de Administração da Unit, Lucas Vinicius Rezende, que disse saber um pouco do universo da Inteligência Artificial e espera se aprofundar ainda mais no tema que, segundo ele, tem a promessa de transformar o mercado.
“É algo que está presente no nosso dia a dia e que continua crescendo. Então, vejo como uma necessidade conhecer mais sobre essas ferramentas que acredito ser algo muito positivo, que veio pra ficar e que precisamos ficar atentos, pois o mercado certamente irá cobrar da gente”, compartilha o estudante.
Outra que ouviu atentamente as experiências partilhadas pelo representante da Amazon foi a aluna do 3º período de Serviço Social da Unit, Adrian Xavier.
“Eu me sinto muito atraída por palestras e acredito sim que esse é um hábito bastante interessante de se ter, pois faz com que a gente busque sempre mais conhecimento. No dia a dia, eu nunca ouvi falar muito de Inteligência Artificial, por isso mesmo acredito que a palestra me ajudou a conhecer e me aprofundar nesse tema”, comentou a estudante.
Conceito já em prática
A Inteligência Artificial Generativa nada mais é do que o uso da tecnologia de IA para criação de novos conteúdos, a exemplo de textos, áudios, músicas, vídeos e imagens. A ferramenta que está em alta no Brasil e no mundo utiliza modelos de fundação que podem efetuar diversas tarefas de maneira simultânea, além de atividades como resumos e classificações.
Outra característica é o seu potencial de adaptação para usos específicos, a partir de um treinamento mínimo necessário que ajuda a moldar a tecnologia. Um dos exemplos mais populares de IA Generativa é o ChatGPT, chatbot lançado em novembro de 2022 e que funciona como um bate-papo virtual. Sua principal finalidade está em gerar respostas com base em uma grande quantidade de dados preexistentes.
O Relatório de Tendências de Dados e IA 2024, elaborado pelo Google, exibe um retrato de como esta nova tecnologia deve influenciar o mercado nos próximos anos. De acordo com o documento, as cinco principais promessas em termos do uso de IA Generativa podem ser resumidas em uma aceleração da produção de insights dentro das organizações; a diminuição da fronteira entre os papeis dos dados e da IA; forte governança para a inovação da IA; potencial da Inteligência Artificial na criação de apps corporativos, bem como uma rápida modernização das plataformas de dados.
Entretanto, alguns pontos de observação acendem o alerta de que ainda é preciso cautela nesse uso massivo, conforme comenta o coordenador da pós-graduação Lato Sensu em Ciência de Dados e Inteligência Artificial da Unit e diretor de tecnologia e inovação do Grupo Tiradentes, Fábio Batista Santos.
“A Inteligência Artificial trabalha com acurácia, o que significa que ela não é 100% precisa. Além disso, existe um conceito chamado de ‘alucinação’, onde ela, para não deixar de responder, inventa uma resposta qualquer que não é verdadeira. Então, tem que ter muito cuidado e analisar bem. Claro que as coisas estão sendo aprimoradas, mas ainda há risco de você ter uma resposta que não seja verdadeira e tomar alguma decisão baseada em algo que não é real, que foi simplesmente uma alucinação da inteligência artificial”, sinaliza Fábio.
Ainda assim, a IA Generativa é considerada por muitos especialistas como um caminho sem volta e que demonstra um potencial também para quem deseja se especializar, uma vez que quando utilizada de forma ética e consciente, esta tecnologia pode trazer benefícios significativos para a sociedade, impulsionando a inovação e abrindo novos horizontes para a criação de conteúdo.
“O curso da Unit é muito completo e não vai só tratar da IA Generativa, mas de tudo que é necessário para você realmente desenvolver, criar modelos, entender e praticar, inclusive com parcerias com grandes fabricantes. Todo mundo, de alguma forma, vai ter que entender o que é a Inteligência Artificial e dominá-la para que possa fazer um bom uso. Se for aluno de computação, vai mais além, descobrindo o que está por trás de tudo que é desenvolvido”, enfatiza o coordenador.
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