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Ecossistema Tiradentes vai estreitar parcerias com a portuguesa Galp

Companhia especializada em petróleo, gás e energia é parceira da Unit e do ITP em pesquisas científicas no setor; representantes da empresa foram recebidos em visita recente

às 14h52
Representantes da Galp fizeram uma visita recente à Unit e ao ITP, abrindo discussões sobre um modelo mais estreito de parcerias, envolvendo o Ecossistema Tiradentes (Fábio Jaciuk/ITP)
Representantes da Galp fizeram uma visita recente à Unit e ao ITP, abrindo discussões sobre um modelo mais estreito de parcerias, envolvendo o Ecossistema Tiradentes (Fábio Jaciuk/ITP)
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A Universidade Tiradentes (Unit) e o Instituto de Tecnologia e Pesquisa (ITP) vão estreitar ainda mais as relações de parceria com a Galp, companhia portuguesa de petróleo, gás e energia, que também atua no Brasil. Dois diretores da subsidiária brasileira da Galp, o engenheiro de projetos Douglas Soares e o diretor de inovações Carlos Augusto, estiveram recentemente em Aracaju para fazer uma visita ao Campus Farolândia, conhecendo a estrutura dos cursos, laboratórios e centros de pesquisa relacionados ao setor de gás e energia. 

Durante a visita, os dois diretores constataram a infraestrutura de ponta montada nos 23 laboratórios do ITP, com equipamentos de última geração e outros de poucos exemplares em funcionamento no mundo. Estes laboratórios dão suporte a pesquisas do próprio instituto e também ao trabalho de professores e estudantes dos cursos de graduação (iniciação científica) e de pós-graduação (stricto sensu) da Unit, que participam das pesquisas e também desenvolvem atividades práticas. Eles também conheceram a infraestrutura dos cursos de exatas da Unit no Campus Farolândia, incluindo laboratórios e salas de aula, e o Tiradentes Innovation Center, centro de inovação que integra, com as outras duas instituições, o Ecossistema Tiradentes.  

A Galp Brasil é parceira do ITP desde 2014, quando ambas começaram a firmar convênios e parcerias para o financiamento de projetos e pesquisas de desenvolvimento. Ao longo deste tempo, foram três grandes projetos de pesquisa, que receberam cerca de R$ 30 milhões em investimentos, principalmente na compra e desenvolvimento de equipamentos de última geração para os laboratórios do instituto. Um deles, que ainda está em andamento, estuda o aperfeiçoamento de técnicas de transformação de biomassa e resíduos orgânicos em fontes de energia. Os programas de pós-graduação da Unit também têm pesquisas de mestrado e doutorado apoiados pela companhia portuguesa. 

Para o presidente do ITP, Paulo do Eirado Dias Filho, a Galp considera o instituto sergipano como “um parceiro estratégico”, de confiança, com o qual eles podem contar no Nordeste, em razão da credibilidade, da realização eficaz dos projetos e da correção na prestação de contas dos recursos enviados. “Em razão disso, eles estão buscando novas formas de envolvimento nessa parceria que vai além da questão da pesquisa e desenvolvimento, mas para a partir disso se dar mais maturidade a esses estudos e patentes. É transformar tudo isso em meios de geração de renda, de obtenção de aplicações no mundo industrial e no mundo do petróleo, na ecologia, para o combate ao excesso de carbono e desenvolvimento de outras formas limpas renováveis de energia”, afirma.

Novos caminhos

A visita abriu caminhos e discussões sobre novas formas de relacionamento, integrando ainda mais a empresa e as instituições, buscando atender às demandas do setor de gás e energia. Uma primeira conversa neste sentido foi travada pelos diretores com o diretor-executivo do Grupo Tiradentes, professor Jouberto Uchôa de Mendonça Júnior. As discussões sobre o novo modelo de parceria estão em andamento junto aos conselhos gestores da Galp.

“Deixamos todas as portas abertas para que a gente possa discutir um novo modelo de relacionamento. A gente precisa criar uma parceria mais sólida para que Unit, Galp e ITP possam atender juntos a um mercado cada vez mais demandante de soluções. E não é só a questão do petróleo e gás, pois a Galp é uma empresa que se consolida no mercado como uma empresa de energia”, destaca o diretor de Relações Institucionais da Unit, Marcos Wandir Nery Lobão. 

 Entre essas possibilidades, estão a comercialização de patentes, o estabelecimento de parcerias com indústrias e empresas da área de gás e energia, e o incentivo à criação de empresas e startups no setor, a partir de projetos e pesquisas desenvolvidas pelos estudantes e pesquisadores da Unit e do ITP. 

Wandir diz também que o novo modelo pode abrir caminho para estabelecer parcerias e alcançar novos mercados no setor, repercutindo positivamente na formação e na qualificação dos alunos. “A pesquisa é agora uma mola mestra para negócios. Há um binômio que a gente precisa trabalhar muito. Tem muito investimento para se montar negócios, mas que precisa ter um conhecimento científico tecnológico muito sólido. Isso impacta tanto os alunos da graduação, através da iniciação científica, e também os de mestrado e doutorado, cujos projetos de dissertações e teses já podem ser desenhados dentro desse novo modelo de negócio”, diz ele.  

Eirado assinala que o ITP é uma referência em pesquisa na área de energias, com alta capacidade de geração de estudos e projetos, o que qualifica o instituto, e por consequência todo o Ecossistema Tiradentes, a produzir conhecimentos e soluções dentro da agenda atual, focada no combate às mudanças climáticas, na descarbonização e na ampliação do uso de energias renováveis. 

“Nós temos uma posição bastante privilegiada, tanto em torno do domínio do conhecimento e do Parque Tecnológico, quanto ainda de estarmos no Nordeste, que é uma região que tem assim um potencial incrível para oferecer soluções para todo o país em matéria de energia. Talvez isso venha ser a maior fonte de soluções e de renda até para o próprio Nordeste. E nós somos um centro de referência nessa área, o que é fruto de um trabalho, de uma caminhada institucional de cerca de 26 anos que vai se consolidando e trazendo para todo o Ecossistema Tiradentes, no contexto de um conjunto em que um está abastecendo o outro e fazendo as trocas intensificarem cada vez mais”, considera o presidente do ITP. 

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