Que nós estamos vivenciando a era da tecnologia todo mundo sabe. Que ela vem se tornando uma forte aliada para a educação também não é novidade. Mas você entende a profundidade do metaverso e como ele impacta o ensino superior?
Continue a leitura para conhecer mais sobre esse universo.
O que é o metaverso?
O metaverso nada mais é que um ambiente virtual onde é possível realizar as mesmas coisas feitas no mundo real, como por exemplo visitar museus, conversar com amigos, ir ao shopping, trabalhar e estudar. Ou seja, é um mundo cibernético que estreita a relação entre o físico-virtual, tornando a experiência do usuário melhor, imersiva e interativa. Na aprendizagem, pode significar uma forma mais inteligente de estudar.
O conceito do metaverso não é tão recente quanto parece, apesar de só ter ganhado visibilidade quando Mark Zuckerberg, criador do aplicativo Facebook, anunciou a mudança do então aplicativo para “Meta”, afirmando que a realidade é uma evolução da Internet onde o usuário não precisa estar perto da experiência para poder vivenciá-la. No entanto, essa é uma ideia falada há 30 anos pelo autor Neal Stephenson, que cunhou a expressão em um livro que contava a história de uma personagem que transitava entre os dois mundos: o real e o virtual.
Metaverso e educação: qual a relação?
De acordo com o professor tutor da Universidade Tiradentes (Unit) Cassius Gomes, no setor educacional, o metaverso pode ser utilizado para criar um modelo de ensino muito mais sofisticado e eficiente que o presencial. “Existem questões fundamentais que devem ser levadas em consideração, como por exemplo, a faixa etária dos alunos, garantir o acesso eficiente ao ambiente, não tornar o ensino no metaverso um modelo de Educação a Distância (EAD) tridimensional e não tornar o ensino metaverso como uma “repetição” de uma sala presencial”, destacou.
Na educação, o metaverso já é uma realidade, evidenciado principalmente durante a pandemia, já que as tecnologias digitais transformaram a até então tradicional experiência da educação, em que a lousa passou a ser digital e a sala de aula foi substituída por salas virtuais.
Ainda segundo o professor tutor, o EAD está diretamente associado ao metaverso, já que se utiliza de ferramentas como a gamificação para aprimorar a experiência do estudante na graduação. Ainda dentro desse cenário, os cursos híbridos também são propostas inovadoras de ensino, já que se utilizam dos dois mundos, o real e o virtual.
“Um professor no metaverso deverá estar preparado para trabalhar o conteúdo de uma forma diferente da presencial e também diferente do EAD. Assim, serão necessários treinamentos e capacitações aos professores que irão ministrar aula neste ambiente. Assim, a criação do metaverso lança mais um desafio ao setor. Afinal, no ambiente do metaverso poderão haver inúmeras ‘distrações’ ao aluno e cabe ao sistema da instituição de ensino e ao respectivo professor estratégias para tornar a “aula” tão atrativa quanto o jogo preferido do estudante”, diz o professor.
E os resultados já estão aí: as instituições de ensino estão cada vez mais apostando no ensino on-line e híbrido, dispostos a proporcionar uma experiência profunda e enriquecedora aos alunos, como é o caso da Universidade Tiradentes (Unit), uma das pioneiras a implementar o EAD em Sergipe.
Formas de aplicar o metaverso na educação
De acordo com o site Desafios da Educação existem algumas maneiras de aplicar o metaverso no ensino, através de:
- Livros didáticos: algumas Universidades utilizam da versão física e digital dos livros. Espera-se que essa tendência aumente cada vez mais e que as versões digitais possam conceder recursos interativos associados ao metaverso.
- Ambiente virtual: O ambiente virtual é uma realidade em muitas instituições, principalmente àquelas que oferecem ensino EAD. Por meio dela, o estudante pode recriar o ambiente escolar em espaços virtualizados.
- Ensino híbrido: Os cursos híbridos são famosos por utilizarem o melhor dos dois mundos: o virtual e o real. Recursos como a realidade aumentada podem ser usados por professores para tornar a experiência do aluno ainda mais real.
- Democratização do ensino: O acesso remoto ao ensino aumenta a inclusão de estudantes que não podem se deslocar até a universidade. Por meio dele, os estudantes podem estar conectados ao mesmo tempo e em diferentes partes do mundo em aulas completas e interativas.
Já é possível notar como a aceleração digital ganhou força principalmente durante a pandemia. Mesmo após a retomada de aulas presenciais, a tecnologia ganhou um papel ainda maior no que diz respeito ao processo e à democratização do ensino.
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Com informações tiradas do site: Desafios da Educação