Com os recursos tecnológicos disponíveis atualmente, não é preciso ser um artista ou saber o mínimo de desenho para criar uma imagem, um painel ou mesmo um quadro. Há, inclusive, ferramentas digitais que desenham por inteligência artificial, a partir de uma descrição rápida em texto. Diante desse quadro, será que a arte feita por robôs vai substituir a produzida pelos seres humanos?
Recentemente, nos Estados Unidos, um homem chegou a ganhar um concurso de arte com uma pintura digital feita desse jeito. A plataforma utilizada pelo homem que venceu o concurso é conhecida como “Midjourney” e usa a inteligência artificial para criar qualquer imagem a partir de uma descrição rápida.
“Esses algoritmos se baseiam em dados e há fonte de dados, de imagens já conhecidas, que vão ser manipuladas para poder gerar uma saída nova. Na área das imagens já existem milhares de bancos de dados que fornecem essa informação. Além disso, existem grandes museus como o Metropolitan de Nova York, por exemplo, que tem um acervo digital disponível para que as pessoas utilizem em suas criações”, explica Gleudson Júnior, professor de Pós-Graduação em Tecnologia do Centro Universitário Tiradentes (Unit Pernambuco).
O uso de inteligência artificial também tem sido utilizado na música, no cinema, nas produções audiovisuais em geral. O fato é que o uso da inteligência artificial e demais ferramentas tecnológicas para criação de obras de arte tem deixado muitos artistas indignados ao redor do mundo. No entanto, de acordo com Gleudson, “especialistas em tecnologia e artes visuais são unânimes em dizer que, apesar desses recursos estarem disponíveis e gerarem bons resultados, a arte produzida por robôs não vai substituir a produzida pelos seres humanos”.
Asscom | Grupo Tiradentes