Leandro Sant’Anna é egresso do curso de Publicidade e Propaganda da Universidade Tiradentes — Unit. Foi durante a graduação que o publicitário entrou no mundo da pesquisa, mas o encanto já vinha desde a época do colégio.
“A ciência sempre me fascinou. Participava de competições científicas e assistia a documentários, entre outras formas de adquirir conhecimento sobre a área. Mas foi na Iniciação Científica que eu comecei a compreender como é a vida e o papel de um pesquisador”, declara Leandro.
“A minha atual orientadora, doutora Cristiane Porto, na época como professora, ainda em meus primeiros períodos na universidade me apresentou a Iniciação Científica. Ela viu em mim potencial para a área e sou muito grato por isso”, acrescenta. Cristiane, bolsista de Produtividade em Pesquisa nível 2 do CNPq, é docente da Unit do curso de Comunicação Social nas habilitações de Publicidade e Propaganda e Jornalismo, Educação Física e do Programa de Pós-Graduação em Educação. A pesquisadora é, ainda, integrante da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação – AnPED.
Leandro começou como voluntário, numa pesquisa voltada para o uso do Facebook de escolas públicas e privadas de Sergipe. “Depois, consegui uma bolsa do CNPq, com um projeto voltado para o uso do WhatsApp para a educação. A partir disso, foi possível conhecer um mundo que eu, até então, ignorava”, comenta.
“Participei de eventos científicos que a própria Unit oferece, como a Sempesq, além de fazer parte do Grupo de Pesquisa em Educação, Tecnologia da Informação e Cibercultura – Getic. Nesse tempo de pesquisa em IC, publiquei artigos, sendo um deles qualis B2, algo muito bom. Isso tudo foi me encaminhando para ir além e cursar o mestrado”, complementa.
Atualmente, Leandro faz mestrado no Programa de Pós-graduação em Educação na Unit e desenvolve a pesquisa “Divulgação científica na rede social Instagram: a importância de utilizar estratégias digitais para atingir o público jovem”. “A expansão dessa conectividade permite discussões de acesso, controle e produção. Diante desse ambiente, o entendimento crítico do uso das mídias abre espaço para uma posição ativa na produção do conteúdo”, destaca o mestrando.
“Um ponto relevante ao promover o trabalho científico é também perceber que o cientista não permanece no estereótipo que vemos em filmes e desenhos. Por isso, a divulgação, que é a área escolhida para o meu projeto, permite aproximar a ciência e seus avanços das pessoas que possuem pouco ou nenhum conhecimento sobre a área”, salienta.
A pesquisa tem o intuito de proporcionar aos pesquisadores formas de utilizar o Instagram, uma das redes que mais crescem no mundo, para aproximar a ciência do público jovem. “Diante da recente pesquisa realizada pelo Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Comunicação Pública da Ciência e Tecnologia (INCT-CPCT), constatou-se que o jovem tem interesse em ciência, mas pouco sabe sobre os seus avanços. Isso me fez escolher o jovem como o público-alvo a ser atingido pelo pesquisador divulgador”, observa.
“Como minha formação é em publicidade, tenho conhecimento sobre estratégias digitais, o que faz com que a dissertação seja interdisciplinar. O pesquisador, ao ler meu material, poderá compreender como funciona a rede, entender as métricas e estratégias para garantir engajamento e, consequentemente, resultados sobre o conteúdo científico divulgado”, finaliza.
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