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Discussão sobre gênero motiva a criação do Núcleo Diadorim de Estudos do Programa de Pós-graduação em Educação da Unit


às 21h58
Durante a apresentação os alunos debatem sobre o gênero
Durante a apresentação os alunos debatem sobre o gênero
Shtefane Rodrigues Colman, aluna do mestrado em Educação
Os professores Alfrancio Ferreira Dias e Gregory da Silva Balthazar
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“Nos tempos que vivemos, gênero continua uma categoria útil de análise?”. Foi para discutir temas a partir desse questionamento que mestrandos e doutorandos em Educação da Unit, promoveram na tarde dessa sexta-feira, 10, uma mesa redonda.

A iniciativa promovida para atender também os interesses dos alunos dos cursos de Ciências Humanas, professores da educação básica e o público em geral interessado no tema, inaugura as atividades do Núcleo Diadorim de Estudos de Gênero do Programa de Pós-graduação em Educação da IES sergipana.

O evento coordenado pelo professor Gregory da Silva Balthazar, da Unit, colocou em pauta temas pertinentes. Ele próprio discorreu sobre (Des)lugares do gênero na escola: notas para um feminismo pós-identitário; o professor Alfrancio Ferreira Dias, da UFS destacou Epistemologias trans como potência enquanto que a professora Lydia Huerta, da University of Nevada, destacou através de videoconferência o tema Feminismo interseccional e abolicionista como necessidade de práticas e políticas de inclusividade na educação.

Professor da área de gênero no programa de pós-graduação, Gregory da Silva Balthazar reconhece que o tema tem sido disseminado de maneira inversa àquela em que os pesquisadores efetivamente estudam e defendem. “A ideia é problematizar o lugar do gênero enquanto instrumento científico das ciências humanas no campo analítico dentro dos nossos estudos sobretudo no campo da educação”.

“Nesses tempos difíceis em que questionamos se gênero é uma categoria útil, tento buscar a partir das epistemologias trans e travestis, a necessidade de problematizarmos gênero e sexualidade dentro do espaço de formação, seja na universidade e/ ou, principalmente no campo de educação básica”, explica o professor Alfrancio Ferreira Dias.

O docente propõe uma análise sobre os corpos incidentes, aqueles que estando em fronteira, possam potencializar os ensinamentos que adquirimos até então sobre gênero, sexualidade, corpo e sobre a perspectiva de uma educação problematizadora a partir das cenas reais das vivências.

Shtefane Rodrigues Colman, aluna do mestrado em Educação acredita que a criação do Núcleo Diadorim de Estudos de Gênero representa uma grande oportunidade para o aprofundamento do tema, especialmente porque traz para sua pesquisa mais informações uma vez que a mesma está fundamentada no feminismo e na literatura. “É uma chance que temos de fomentar mais as discussões de gênero para que possamos perceber melhor como se posiciona a sociedade em relação ao tema”.

“De modo geral trago a perspectiva de que a epistemologias trans, os saberes trans nos ensinam a desaprender gênero (se é macho, ou fêmea). Acho que precisamos problematizar essas categorias para pensar outros lugares, sujeitos e corpos que estão na universidade, na vivência do cotidiano e que por muito tempo passaram a ser inviabilizados, ou corpos que não são aderentes à essa regulação e que no cotidiano somos o tempo inteiro influenciado”, explica o professor Alfrancio.

Na opinião do professor e coordenador do Programa de Pós-graduação em Educação, Cristiano Ferronato, a abertura o núcleo traz ao programa uma oportunidade maior de discussão e debates sobre a forma como temos percebido essa temática e como tudo isso influencia no fazer educacional.

“O evento é oportuno porque traz à mesa de discussões temáticas que estão muito latentes na sociedade, principalmente quando o assunto é a discussão de gênero”, fundamenta o professor Cristiano.     

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