A pandemia do novo coronavírus impactou diversos setores da economia. Um deles, o de educação, se mostra firme em meio à crise com o Ensino a Distância. A modalidade já demonstrava crescimento e tem atraído público.
Segundo dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), divulgados no Censo da Educação Superior 2018, o Brasil oferta mais vagas na modalidade a distância do que em cursos presenciais: são 7,1 milhões de vagas EAD contra 6,3 milhões em cursos presenciais. Outro dado relevante é o fato de que, em 2018, 40% dos ingressantes em cursos superiores optaram pelo ensino a distância. Além disso, de 2017 para 2018, o aumento das matrículas em cursos remotos foi de 50,7%.
Já na Universidade Tiradentes, são oferecidas três modalidades de EAD: on-line; semipresencial e híbrido. As três têm em comum o corpo docente, mesmo conteúdo, mesmas tecnologias de ensino e forma de avaliação igual. De acordo com a gerente acadêmica do Ensino a Distância (EAD) da Unit, professora Karen Sasaki, a educação caminha para a metodologia híbrida e a pandemia reforçou a importância do EAD e do uso de tecnologia na educação.
“O Ensino a Distância já demonstra tendência de crescimento há alguns anos. Percebemos uma confusão com o que estamos vivendo, já que de virtualização de atividades e modalidade EAD são coisas diferentes”, disse referindo-se às diferenças entre ensino remoto e Ensino a Distância.
Diferenças
“O ensino remoto não é a mesma coisa de Ensino a Distância. O EAd pressupõe uma legislação específica, planejamento pedagógico, comportamento de professores e outros atores envolvidos. A pandemia virtualizou o trabalho presencial com uso de tecnologia, com outro método de ensino e de aprendizagem. A crise que vivenciamos exigiu das instituições de ensino uma mudança de postura e a principal mudança se relaciona com o uso intensivo da tecnologia para que fosse possível dar continuidade ao ensino neste momento. Passamos a refletir sobre o papel da tecnologia na integração entre professores, alunos e instituições. É possível aprender com mediação tecnológica dos professores”.
Híbrido
Karen acredita que a pandemia e a imposição de isolamento social legitimaram o uso da tecnologia no processo de educação e defende que o futuro da educação se dará com a metodologia híbrida.
“O futuro será híbrido e exigirá uma preparação metodológica e teórica. Estamos vivendo a transição de um modelo de educação pautado na exposição direta de conteúdo para um modelo focado na aprendizagem com desenvolvimento de competências e com uso de tecnologias”.