Os transtornos alimentares afetam até 4% da população e apresentam alta taxa de mortalidade. Intervenções realizadas nos estágios iniciais da doença possibilitam um melhor prognóstico ao paciente. São poucos os estudos que têm buscado evidências quanto à prevalência e os fatores de risco para o desenvolvimento de transtornos alimentares em adolescentes nas escolas.
Como finalidade de identificar o perfil dos portadores de transtorno alimentar, conhecer os fatores e comportamentos de risco para o desenvolvimento de transtornos alimentares em adolescentes de escolas particulares de Aracaju, a estudante de Medicina da Universidade Tiradentes (Unit), Marina Prado Santos Sobral, participa de estudo desenvolvido como Trabalho de Conclusão de Curso e projeto de Iniciação Científica e de Desenvolvimento Tecnológico.
“Tratar-se de uma pesquisa com a finalidade de reconhecer comportamentos de risco para o desenvolvimento de transtornos alimentares em adolescentes, no sentido de identificar como o adolescente tem se comportado frente aos transtornos alimentares. Por considerarmos um tema de grande relevância, e por estar cada vez mais em evidência nas mídias sociais, nós, pesquisadores da Unit, desenvolvemos esta pesquisa, tendo como foco, alunos da rede particular do município de Aracaju”, conta a aluna.
Segundo a professora pesquisadora responsável pelo projeto, Msc. Leda Delmondes, o intuito é chamar a atenção de pais, educadores e dos próprios jovens quanto ao desenvolvimento dos transtornos. “Espera-se despertar na população jovem a consciência dos riscos para a saúde, ao provocar alterações no corpo sem acompanhamento médico; a buscar ajuda especializada, pois o transtorno alimentar é um transtorno que exige acompanhamento multiprofissional”, diz.
Iniciação Científica
Antes de participar da Iniciação Científica, a estudante Marina conhecia pouco sobre a pesquisa científica. “Meu interesse na pesquisa surgiu quando convivi com um caso de transtorno alimentar na minha família. Então, decidi realizar esta pesquisa para auxiliar outros jovens que estejam passando pelo mesmo processo”, relembra.
“A Iniciação Científica nos faz sair da zona de conforto e do automático do dia a dia. Confesso que tem sido uma experiência desafiadora, mas bastante enriquecedora para minha evolução, não somente profissional como também pessoal”, acrescenta a estudante de medicina.
Para ela, a IC oferece arcabouço para a sua futura profissão como médica. “Sinto que a Iniciação Científica me prepara para buscar o conhecimento e compreender a sua utilidade no meu aprimoramento profissional. É uma pequena amostra do que vou vivenciar no meu dia a dia, encontrar um problema e ter uma solução para resolvê-lo, através da coleta e análise de dados para embasamento correto das questões levantadas”, destaca.
“A universidade tem auxiliado bastante no processo de desenvolvimento científico com incentivo, infraestrutura e equipe de profissionais qualificados. O próximo passo é concluir minha graduação, prestar provas para ingressar na residência médica e pretendo dar continuidade à carreira de pesquisadora assim que ingressar na residência”, adianta.
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