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Alunos de Medicina se preparam para intercâmbio internacional  

Experiência no internato em Cambridge Health Alliance prepara estudantes para desafios e oportunidades no sistema de saúde dos Estados Unidos

às 19h06
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O Programa Clinical Experience Abroad, mais conhecido como Clerkship for Medical Students, promovido pela Universidade Tiradentes (Unit) em parceria com o Cambridge Health Alliance (CHA) em Boston, Estados Unidos, representa uma oportunidade ímpar para os alunos de Medicina expandirem seus horizontes acadêmicos e profissionais. 

Neste ano, 15 alunos serão encaminhados para cursar um módulo do internato dentro do CHA, com grupos de cinco alunos a cada mês, iniciando agora no mês de abril. Eles irão focar principalmente na área de saúde da família, mas também terão a oportunidade de vivenciar experiências em outras áreas, como oftalmologia, urgência e psiquiatria, de acordo com suas preferências.

Pensando em promover um momento de reconhecimento dos aprovados pelo programa e prepará-los para a viagem, a gerência de Relações Internacionais convidou as famílias dos estudantes para prestigiá-los através da entrega de um certificado pelas mãos do reitor, professor Jouberto Uchôa de Mendonça. “Para a universidade, é um prêmio, é um presente que os próprios alunos nos concedem, porque é uma prova de que eles estão qualificados, que têm um bom conhecimento sobre o tema em questão. Espero que eles sejam muito bem-sucedidos daqui para frente”, projeta o reitor.

Durante o encontro, a gerente de Relações Internacionais da Unit, Selen Ive Carneiro, destacou a importância do programa para a formação dos alunos. “Reconhecemos que o currículo médico é relativamente restrito devido às especificidades das matrizes curriculares. Permitir que os alunos aprendam sobre suas áreas de interesse em uma nova perspectiva e cultura, aprimorando seu idioma e network, é fundamental. Temos outros programas voltados para a medicina, mas este é importante no que diz respeito à mobilidade e à experiência, proporcionando uma imersão que permite compreender cenários diversos, enriquecendo sua formação acadêmica e pessoal”, elenca Selen.

Experiência e diversidade

A interculturalidade desempenha um papel fundamental, isso porque há a oportunidade de observar como a medicina é praticada em outro país, incluindo o sistema de saúde. A aluna do 11º período de Medicina, Fernanda de Castro Vasconcellos, está indo para Boston pela segunda vez e conta que abordagem dos médicos nos Estados Unidos difere um pouco da do Brasil. 

“Lá nos Estados Unidos os processos são mais ágeis, especialmente na área da saúde da família. Se o paciente tiver uma queixa, eles resolverão o problema imediatamente, como no caso de uma queixa ginecológica para remover um DIU. Além disso, lá existe uma especialidade diferente daqui, com médicos assistentes chamados de PA, o que amplia as oportunidades de atuação na área médica profissionalmente. Aqui, em centros de saúde pública como UPA ou UBS, pode levar um tempo até conseguir marcar uma consulta com o médico, enquanto lá você é atendido imediatamente”, revela.

Os alunos ainda têm a chance de se adaptar a esse novo sistema, rotina, clima e idioma. Além disso, eles têm contato com realidades diferentes, como pessoas em situação de vulnerabilidade, proporcionando um aprendizado que não encontrariam no Brasil. Henrique Santana, também do 11º período de Medicina, participa do intercâmbio pela primeira vez e espera que a experiência contribua para seu crescimento profissional e pessoal.

“Acredito que o programa pode oferecer boas oportunidades, com acesso a um serviço totalmente diferente do que estamos acostumados, tecnologia avançada e oportunidades em serviços mais complexos. Além disso, ter acesso a um suporte hospitalar que talvez não teríamos nem mesmo aqui em Aracaju, ou no Brasil como um todo. As expectativas incluem a oportunidade de adquirir conhecimento em um ambiente novo, tanto por estar em um lugar novo quanto por ter acesso a uma educação muito diferente e talvez mais complexa em relação aos serviços encontrados anteriormente”, elenca Henrique.

O pai de Henrique, o comerciante Gilton Santos, esteve presente e expressou seu orgulho pelo filho, destacando a importância do apoio familiar neste momento. “Como pais, é nosso legado proporcionar saúde e educação aos nossos filhos. A base que fornecemos é fundamental. Nunca imaginei que meu filho pudesse superar até mesmo o que eu alcancei. Estou muito orgulhoso dele, é uma referência médica para nossa família, já que é o primeiro do nosso núcleo familiar a se tornar médico”, destaca Gilton.

Consolidação do programa

O diretor de Relações Institucionais da Unit, Marcos Wandir Nery, destaca que o programa de intercâmbio em Boston está se consolidando como um dos mais importantes da Universidade. “Uma particularidade é que nosso modelo de ensino permite que os alunos cheguem lá com muitas vantagens, habilidades e competências que foram desenvolvidas ao longo de quatro anos. Eles aproveitam muito esse mês de intercâmbio, inclusive para estabelecer relacionamentos com colegas e trocar experiências de aprendizado”, explica.

Um dos pontos enfatizados por Wandir é a experiência que eles adquirem durante o curso que permite com que eles se destaquem e se diferenciem no mercado de trabalho. “É uma imersão no dia a dia de uma cidade e cultura diferentes, e essa experiência refletirá em seus currículos e históricos escolares. O mais importante é que isso agregará valor aos nossos alunos. Vale ressaltar que esse é um momento em que os participantes passaram por um processo seletivo rigoroso”, reforça o diretor.

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