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As interferências do sono durante a pandemia

O sono é um aliado da qualidade de vida. Mas a pandemia desestruturou lares e rotinas. O NAPPS da Unit tratou desses impactos com psiquiatra em live.

às 23h53
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Por Raquel Passos

Diante de um momento atípico no mundo causado pela pandemia da Covid19, uma demanda que vem se acentuando nos consultórios médicos e psicológicos é a insônia. As interferências da pandemia no sono são inúmeras, desde comportamentais até patológicas, impactando na qualidade de vida do indivíduo – já que o sono melhora o equilíbrio físico, mental e emocional, ajuda a prevenir doenças e ajuda no bom funcionamento do cérebro.

O médico psiquiátrico, Bruno Rêgo, foi convidado pelo Núcleo de Apoio Pedagógico e Psicossocial – NAPPS – da Universidade Tiradentes, para um bate-papo ao vivo pelo Youtube no último dia 02, sobre o tema. Segundo ele, as mudanças que a pandemia causou na vida das pessoas, impactaram diretamente na qualidade do sono, afetando a saúde mental.

“Primeiro veio a  mudança na rotina de vida, sem exposição ao sol, sem atividade física, sem ritmo certo para o corpo perceber quando é a hora de dormir. Depois, as pessoas ficaram mais ansiosas, e com isso, dormem mal por terem um sistema de alerta ativado, pensando em problemas e nas coisas que vão acontecer. Como todo mundo estava suscetível à morte por Covid-19, altera completamente o humor e emoções”, explica o médico psiquiatra Bruno Rêgo.

“Em seguida, as pessoas que ficaram trabalhando se sobrecarregaram nesse período de pandemia porque seus colegas adoeceram. E quem ficou com muito trabalho, ficou com síndrome de esgotamento profissional já que o home office acabou ficando desgastante, a necessidade de demanda ficou muito grande, os chefes chamando pelo WhatsApp sem horário e comecei a receber pacientes no consultório com sensação de explodir”, relata o especialista.

Todos esses diversos cenários presentes na vida das pessoas durante a pandemia da Covid-19, pioram o sono, além das doenças psiquiátricas relacionadas à Covid-19.

O psiquiatra Bruno Rêgo ainda lembra das mortes traumáticas causadas pela doença. “Quando se discute a morte, não se sabe se é melhor morrer de forma lenta para se despedir, ou se é melhor morrer de imediato, sem nada sentir. Mas a Covid19 não possibilita nenhuma das opções e quem sobreviveu, teve muito estresse pós-traumático”, afirma.

“O medo acaba comprometendo o funcionamento do dia a dia de um universitário e acarreta no sono. Diante dessas patologias relatadas pelo Dr. Bruno, é importante entender o quanto essas alterações impactam no funcionamento do dia a dia de cada um”, lembra a psicóloga do NAPPS da Unit, Cláudia Mara.

Para conferir a live na íntegra, acesse: 

 

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