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Bullying: como prevenir e combater no ambiente escolar

Para combater o bullying na escola, é importante ressaltar a cultura do respeito à dignidade humana, ao apoio, à solidariedade e à compaixão desde a infância

às 11h45
A prática do bullying prejudica o desenvolvimento psicológico das crianças e adolescentes, afetando-as principalmente em sua autoestima (Mikhail Nilov/Pexels)
A prática do bullying prejudica o desenvolvimento psicológico das crianças e adolescentes, afetando-as principalmente em sua autoestima (Mikhail Nilov/Pexels)
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Ações e projetos com o objetivo de prevenção e combate ao bullying nas escolas estão cada dia mais constantes. As instituições de ensino têm investido na promoção da cultura de paz e no desenvolvimento das habilidades socioemocionais dos estudantes. O bullying, é um termo derivado da palavra bully, que em inglês quer dizer “brigão” ou “valentão”, e que define a prática constante de zombar ou tripudiar alguém de forma agressiva ou pejorativa. Isso traz consequências nocivas para o desenvolvimento psicológico das crianças, pois elas acabam tendo que crescer se sentindo inferior e com medo de tudo e de todos.

A psicóloga Marcela Teti, integrante do Núcleo de Desenvolvimento Docente (NDD) do Grupo Tiradentes, explica que a criança vítima de bullying começa a pensar que existe algo nela que incomoda as pessoas em geral. “Quando ela passa a se sentir mal por isso e ao mesmo tempo é uma criança que começa a ter medo da vida, do mundo, dos outros. Ela passa a desconfiar das pessoas ao redor, acreditando que de onde menos esperar, a agressão vai aparecer”, explica ela.

Para a professora, o bullying é algo sério e tem que ser tratado pelos pais e instituições de ensino de forma responsável. “A primeira coisa a observar é a tendência dos adultos de achar que o bullying é bobagem. Pensam que as crianças podem se virar sozinhas, mas a verdade é que várias não podem. Averiguados estes problemas de ordem moral e emocional é importante ressaltar a cultura do respeito à dignidade humana desde a infância, do apoio, da solidariedade e da compaixão”, expõe.

“Brincadeira é brincadeira, ambas as partes se divertem, se sentem felizes, ativas, com energia. Quando você vê crianças brincando o sorriso é genuíno e a sensação em suas feições é de frescor e vitalidade. Bullying não é brincadeira. Bullying se trata de violência. A criança que sofre Bullying não se diverte. Sente medo, tristeza, decepção, frustração e se ri, é de desespero e de nervosismo”, complementa Marcela.

Como identificar

A psicóloga apresenta alguns passos que podem ser seguidos pela família e pela instituição de ensino ao identificarem um caso de bullying.

Pelos pais: quando perceberem que a criança está triste, chorosa, introspectiva, não querendo mais brincar, podem buscar a escola para dialogar sobre a mudança do comportamento da criança e a suspeita de bullying. Em paralelo, buscar auxílio psicoterapêutico com a finalidade de auxiliar a criança a desenvolver autoestima, se sentir ativa novamente e ser autêntica na expressão das suas vontades.

Pela escola: é fundamental que a instituição preste auxílio, visto que lá é um dos ambientes de desenvolvimento das crianças e adolescentes. A escola deve comunicar à família da criança que pratica o bullying, caso haja receptividade a isso. Deve também tomar providências para garantir um espaço de segurança para a vítima ou até mesmo mudar de turma ou o turno em que a criança estuda.

Asscom | Grupo Tiradentes

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