Já imaginou viver em uma cidade que utiliza tecnologia, controla poluição do ar e tem planejamento urbano? Essas são características de cidades inteligentes, também chamadas de Smart Cities.
Em Aracaju, a Prefeitura tem implantado serviços digitais na tentativa de modernizar e de tornar o acesso a serviços públicos mais dinâmico. É o caso do Portal da Saúde e aplicativo “Mais Saúde Cidadão”. As plataformas, integradas ao Prontuário Eletrônico, possibilitam, através da internet, o agendamento de consultas, exames, controle de medicamento, o acompanhamento de listas de espera, entre outras opções, sem precisar que o usuário se dirija a uma Unidade Básica de Saúde.
De acordo com Clarisse de Almeida, Arquiteta e Urbanista e professora do curso de Arquitetura da Universidade Tiradentes, cidades inteligentes são as que usam a tecnologia de modo estratégico.
“Seja para melhorar a infraestrutura, otimizar a mobilidade urbana, criar soluções sustentáveis e outras melhorias necessárias para a qualidade de vida dos moradores.
Essas inovações são importantes para o futuro do planeta, porém não podem ser implementadas desassociadas de uma qualificação espacial, áreas urbanizadas e saneadas, lotes arejados, vias de circulação pavimentadas”, explica.
Exclusão
A professora afirma que a denominação de Cidade Inteligente abrange mais que tecnologia e que também pode ser excludente, já que o Brasil tem 40 milhões de pessoas que não usam a rede, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
“As cidades inteligentes buscam outra qualificação que é de ser sustentável.Além do uso da Tecnologia de Informação, preservam o meio ambiente, independente de seu tamanho. A cybercidade, como também são chamadas, podem ser extremamente excludentes por conta das desigualdades sociais. A população menos favorecida não tem acesso a educação digital e nem aos dispositivos necessários para a necessária interação”, alerta.