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Como a pandemia mudou a ideia sobre espaços públicos

Além de locais para prática de atividades ao ar livre e ocupação democráticas, as casas e áreas de condomínios foram valorizadas.

às 11h42
Imagem: Freepik
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A pandemia de covid19 impactou diversas áreas da vida, entre elas os hábitos de recreação. A necessidade de espaços mais abertos, ao ar livre, tornou-se importante na manutenção do distanciamento social, prática de atividades físicas e na ocupação democrática.

Entre profissionais da Arquitetura e Urbanismo a ressignificação dos espaços públicos já é algo debatido antes mesmo do início da pandemia. Segundo o professor do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Tiradentes (Unit), Rooseman de Oliveira Silva, o modo como as pessoas exercerão suas atividades nos espaços públicos definirá a concepção arquitetônica e urbanística.

“É importante a estruturação de novos espaços para estimular o desenvolvimento de atividades que façam valer o exercício da cidadania e a oportunidade de recomposição equilibrada das energias emocionais e psicológicas abaladas com o confinamento. É exatamente nesses aspectos que reside a importância de novos espaços públicos livres e mais integrados à natureza, como praças, parques, orlas, etc, pois através deles a população poderá exercer seu direito de fruição e de liberdade”, disse.

A criação de bairros autossuficientes também é discutida pelos arquitetos e urbanistas. Com regiões dotadas de centros comerciais e prestação de serviços, além de praças, menos pessoas circulam de carro para localidades mais distantes, optando por andar a pé ou de bicicleta em seus bairros.

Já dentro das casas, a arquitetura prevê ambientes mais flexíveis e multifuncionais. Para atender às necessidades das atividades ao ar livre para a saúde e o bem-estar, os apartamentos, áreas condominiais e casas contarão com opções de lazer, hortas e pátios internos com metragens mais generosas, fortalecendo o senso de comunidade e promovendo interação social com segurança.

“Antes, espaço destinado para comer, dormir e socializar com a família, a casa passou a ser um espaço de trabalho permanente e duradouro. Este aspecto foi suficiente para inúmeras mudanças estruturais nas funções básicas da moradia de modo a atender a um novo  conjunto de atividades até então pouco exercidas no seio domiciliar”, concluiu Rooseman.

 

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