Considerada a mais violenta dos últimos 91 anos, a crise hídrica que atinge o Brasil ocasionou aumento de 20,09% na conta de energia. Em 2021, o consumidor acompanhou os anúncios de mudança nas bandeiras tarifárias pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), além da criação de uma nova, a bandeira preta, que representa a escassez hídrica.
Um dos motivos para essa crise tem a ver com o clima e as fontes de energia utilizadas no país e no mundo. Não só o Brasil, mas a China e vários países europeus também passam por crises na produção de energia. Os impactos das mudanças climáticas em todo o mundo contribuem negativamente para a falta de chuvas e, consequentemente, baixa nos reservatórios das hidrelétricas. Em países em que naturalmente não há reservas hídricas, são utilizadas fontes não renováveis para produção de energia, a exemplo de gás e carvão.
Diante das dificuldades, são aplicadas as bandeiras tarifárias na conta de energia. Elas refletem a variação dos custos da geração de energia e indicam o quanto custa para o Sistema Interligado Nacional (SIN) gerar a energia usada nas casas, comércios e indústrias em todo o país.
Bandeiras tarifárias
Quando a conta de energia é cobrada em bandeira verde, não há cobrança de valor adicional. Isso significa que o país se encontra em condição favorável à produção de energia.
Caso ocorra alguma situação de emergência que cause instabilidade na produção, gerando condições menos favoráveis, a conta passa a ser cobrada em bandeira amarela. Sendo assim, o consumidor pagará R$ 1,874 por cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.
Em nível crítico na produção de energia, entram em vigência a bandeira vermelha — no patamar 1, com cobrança de R$ 3,971 para cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumido, e no patamar 2, com acréscimo de R$ 9,492 para cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.
Com a crise enfrentada este ano, a Aneel criou uma nova bandeira tarifária. Em condições extremas, será aplicada a bandeira preta, na qual serão cobrados R$ 14,20 para cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.
Anualmente, a Aneel divulga o calendário previsto para divulgação da vigência das bandeiras tarifárias. O consumidor deve ficar atento às mudanças e acompanhar o consumo, o descritivo e informações adicionais do boleto de cobrança.
*Com informações de CNN Brasil, Aneel e Agência Brasil.
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