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Cuidados redobrados para a coleta do lixo em condomínio

O descarte correto do lixo em condomínio diminui os riscos de contaminação por doenças infecciosas, entre elas a COVID-19.

às 21h14
Professora Luciana Rodrigues chama a atenção para a importância do lixo seletivo
Professora Luciana Rodrigues chama a atenção para a importância do lixo seletivo
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Quando o assunto é higiene e prevenção, diante da pandemia da COVID-19, todo o cuidado é insuficiente, uma vez que a contaminação pelo coronavírus ocorre a partir do contato da pessoa com o ambiente contaminado.

Nesse sentido, se quem reside em casa precisou transformar a rotina com medidas mais rigorosas de higienização, imagine a necessidade desse rigor para quem reside em prédios de apartamentos, onde o convívio social é inevitável mesmo que cada morador permaneça em seu espaço de isolamento.

Há nos condomínios rituais coletivos, sendo o recolhimento do lixo um dos mais exercitados pelos habitantes do espaço. Se por algum motivo esse recolhimento não for feito de acordo com os procedimentos necessários, toda a coletividade estará exposta aos riscos da contaminação.

É preciso muito cuidado, principalmente em relação ao descarte de produtos não recicláveis como máscaras, por exemplo. Afinal, vivemos num país onde apenas 17% da população é atendida pela coleta seletiva. A falta desse hábito e do descarte devidamente adequado torna a possibilidade da contaminação em algo ainda mais arriscado.  

Na opinião da coordenadora do Programa Conduta Consciente da Unit, professora Luciana Rodrigues, a pandemia contribuiu para evidenciar as deficiências e fragilidades do sistema, principalmente em relação aos resíduos produzidos pelo homem em seu habitat.

Motivo esse que preocupa bastante, em especial no momento em que se constata elevado risco de contaminação, considerando que a maioria da população sequer tem como hábito fazer o descarte correto do seu lixo.

“Estamos sofrendo bastante por conta de práticas que não conseguimos agregar no nosso dia a dia, como a simples responsabilidade pelo nosso próprio resíduo”, alerta Luciana.

Ela salienta que em agosto a política nacional de resíduos sólidos completa uma década sem que nada tenha mudado de forma significativa no país que recicla apenas 3% das 72 milhões de toneladas produzidas anualmente.

“A contribuição e a consciência individual é, portanto, de fundamental importância para a manutenção da sua própria saúde e com a saúde do próximo”, pondera Luciana que considera indispensável que as pessoas se habituem à coleta seletiva.

Ela ressalta que a postura pós-pandemia no cuidado redobrado para a coleta do lixo deve ser as mesmas redobrando esse cuidado com os procedimentos de descarte, a fim de que se evite a contaminação.  

A professora Elayne Emília, coordenadora dos cursos de Engenharia da Unit, entre eles Engenharia Ambiental, reforça ser fundamental que toda a população adote medidas de precaução com o armazenamento e descarte dos resíduos.

Os resíduos suspeitos de contaminação pela COVID-19 ou mesmos os já contaminados devem ser inseridos em sacos descartáveis, devidamente fechados, e levados para os respectivos coletores.

“Essa ação contribui muito para a prevenção e redução de riscos de contaminação”, diz a professora. Elayne destaca o conteúdo divulgado pela Associação Brasileira de Engenharia Ambiental e Sanitária, que mensura o tempo de permanência do vírus em cada tipo de superfície.

Sobre o plástico, cinco dias;  papel, quatro a cinco dias; resíduos de vidro, quatro dias; alumínio, de duas a oito horas; aço, quatro horas; madeira quatro dias; e luvas cirúrgicas, oito horas.

Neste site, você encontra cinco dicas para o descarte do lixo em condomínio.

  1. Separar os tipos de lixo: a organização na hora de descartá-lo é fundamental. Por isso, é preciso deixar separado quais são os seus tipos. As lixeiras de coleta seletiva são fundamentais para que isso aconteça. Ter o local certo para descartar o que é orgânico e o que não é ajuda tanto para quem está descartando quanto aos profissionais que irão recolher todo o lixo. Vale também a conscientização de cada morador em não colocar um tipo errado no local inapropriado.
  2. Verificar os dias de coleta: cada bairro possui seus dias e horários de coletas. É muito fácil conferir, basta entrar em contato com a prefeitura local. É muito importante ter essa informação e passar para todos os condôminos, pois o condomínio pode ser multado pelo descarte de lixo em dias e horários inadequados.
  3. Colocar lixeiras espalhadas: uma maneira bem fácil de conseguir reservar o lixo descartado é espalhando lixeira por várias áreas do condomínio. É importante que todos os andares tenham esses objetos disponíveis, seja um grande ou vários menores. Aqui, no entanto, é preciso ter cuidado para não violar as normas de segurança – se o andar for pequeno e estreito, deve-se evitar lixeiras maiores. Nas áreas comuns, é preciso tê-las em vários pontos para facilitar o descarte. Os funcionários de limpeza podem trabalhar com horários determinados para retirá-las.
  4. Definir o local de descarte: isso é essencial para que o lixo não fique acumulado. Em alguns condomínios, já existem locais específicos para colocá-lo, evitando situações desagradáveis como insetos, ratos e mau cheiro. Se ainda não há esse local, ele deve ser definido em uma reunião de moradores.
  5. Conscientizar os condôminos: não adianta colocar lixeira, determinar horários e locais, se os moradores não tiverem a consciência de obedecer às regras e determinações. Fugir do que é definido e colocar o lixo onde e quando quiser é a receita para que problemas aconteçam. Colocar cartazes e enviar mensagens de conscientização para todos é uma boa alternativa de mostrar a importância da situação.
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