Durante a vida dos seres humanos, laços afetivos são formados com outros indivíduos que, apesar de não fazerem parte da família consanguínea, têm papel importante em suas relações sociais. Essas pessoas são chamadas de amigos e com elas são vividas aventuras, tristezas e raivas, numa relação de amizade que faz com que sejam ultrapassadas as barreiras da vida.
Para o professor Alvaci Resende, doutor em psicologia positiva e docente da Universidade Tiradentes (Unit Sergipe), a amizade é a relação entre duas ou mais pessoas, na qual elas nutrem sentimentos de respeito, consideração e cuidado com o outro. “A amizade é importante para os seres humanos porque somos seres sociáveis. O homem vive para viver em grupo, em sociedade. Ninguém nasceu para viver sozinho, por isso precisamos uns dos outros para interagirmos em nossas relações interpessoais”, destaca.
As relações de amizade podem ser consideradas uma fonte de bem-estar, pois as experiências compartilhadas trazem sentimento de felicidade. “A amizade contribui para o nosso bem-estar, porque a partir das relações nós realizamos sonhos, projetos, nós viajamos, estudamos. Então, a depender dos objetivos, a amizade contribui para a nossa realização e consequentemente com o nosso bem-estar. Se não temos amizade com ninguém, se não produzimos nada com ninguém também não vamos ser felizes”, explica Alvaci.
Para ter amigos, é preciso dedicação e às vezes pode não ser fácil se manter disponível e presente. O professor-doutor Alvaci ressalta que para cultivar boas amizades é preciso ser uma pessoa amável, verdadeira e que pratique o bem e o amor. “Para que a gente tenha uma amizade duradoura é preciso ter respeito acima de qualquer coisa, além de compreensivos, mas principalmente verdadeiro e autêntico com o outro”, afirma.
As expectativas em relação às amizades podem se diferenciar a depender da etapa de vida em que as pessoas se encontram. De forma geral, quando se é mais jovem é possível ter um volume maior de amizades, já que existe um tempo maior a ser disponibilizado para isso. Por outro lado, com o passar do tempo e com a correria da vida adulta, o número de amigos diminui, já que há uma baixa no tempo dedicado às interações sociais.
“Não acredito que tenha um tempo determinado para que as amizades durem. Acredito que as amizades podem durar uma eternidade e para isso é preciso alimentá-las mesmo que seja a distância. Hoje nós temos tecnologias que aproximam pessoas, a exemplo das redes sociais, das vídeo chamadas que mesmo em outra cidade ou em outro país é possível fazer com que a gente veja e converse com a pessoa”, conclui Rezende.
Asscom | Grupo Tiradentes