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Curso de História analisa a trajetória da abolição em Sergipe

A trajetória do negro sergipano em 130 anos de abolição serve como tema para mais uma edição do Encontro de Cultura e Memória    

às 01h20
O professor Petrônio Domingues faz uma trajetória analítica da escravidão
O professor Petrônio Domingues faz uma trajetória analítica da escravidão
Rafaela Matos, envolvida com a programação
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Discutir os 130 anos da abolição é o que motiva professores e acadêmicos da Unit e demais IES a participarem do Encontro de Cultura e Memória. Em sua quarta edição o evento que tem como foco central uma abordagem sobre temas que evidenciem a memória e a cultura sergipana busca discutir sobres os aspectos relacionados ao período da escravidão e os seus desdobramentos a partir da assinatura da Lei Áurea.

“A particularidade dessa edição é a presença das produções acadêmicas dos estudantes. Eles fazem o resumo estendido e cada deles está relacionado a seis temas, entre os quais cinema, gênero, literatura, ensino de História, todos eles com o olhar acadêmico debruçado a partir da abolição da escravidão”, detalha a coordenadora professora Viviane Andrade de Oliveira Dantas. Ela lembra que o curso já trata dessas questões na sua estrutura curricular. “Por este motivo, nada mais justo que o tema seja debatido em eventos como esse ou até mesmo em projetos de extensão”, conclui a docente.

Os minicursos e representações da cultura negra presente nos museus sergipanos são outros destaques durante o 4º Encontro e revelam o patrimônio e a memória dos negros e negras de Sergipe.

Durante a palestra de abertura o professor Petrônio Domingues da UFS fez um balanço de tudo o que está sendo feito em prol da comemoração da libertação dos escravos ao longo desse ano.

“Sabemos que a população negra após 13 de maio de 1888 enfrentou uma série de dificuldades no que se refere à inserção na sociedade brasileira no campo do mercado de trabalho, da educação, acesso à terra, etc.”, salienta o professor. Segundo ele é fato que a população negra leva desvantagens em relação à população não negra. Por isso a importância de as fazer uma reflexão sobre os 130 anos da abolição.

Motivada pelo tema e preocupada em absorver conhecimentos para repassar aos seus alunos a acadêmica Rafaela Matos avalia o Encontro de cultura e Memória como sendo uma oportunidade para discutir fora da sala de aula com a comunidade e com colegas de outros períodos temas que enriquecem a sua formação profissional.

“Discutir temáticas como essa traz benefícios pessoais e aumentam a minha capacidade de discernimento sobre a construção de uma formação educacional sólida e qualificada”, pondera a aluna. Ela aproveita a oportunidade para convidar a sociedade a participar do evento que acontece no Teatro Tiradentes com uma intensa programação até a quinta-feira, 8, quando se apresenta às 18 horas o Grupo Afrocultural Haussas, seguido de minicursos e apresentação de grupos de trabalho.

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