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Dissertação de mestrado assegura inclusão social para alunos cegos

Até então excluídos de aulas práticas de Educação Física, alunos cegos são beneficiados com trabalho de pesquisa e passam a interagir nessas atividades

às 20h25
Ouvindo sempre que o professor não está preparado para trabalhar com a inclusão, professor de Educação Física decide focar sua pesquisa de mestrado e dá sua contribuição para a minimização dessa carência.
O professor Everton e Antenor
O professor Everton e Antenor
A capa em braile também facilita a leitura
O livro traz um resumo em braile
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Preocupado em oferecer condições de inserção no convívio social aos portadores de deficiências, especialmente os cegos, o mestre Antenor de Oliveira Silva Neto pautou desde o início da sua formação profissional objetivos específicos quando o assunto é educação. E não de forma diferente, direcionou sua dissertação de mestrado para o desenvolvimento de uma temática inclusiva associando o interesse pessoal em contribuir para minimizar tal deficiência ao propósito do programa de mestrado em Educação da Unit que, segundo ele revela, vem crescendo nessa perspectiva.

“O diferencial é a temática inclusão com o foco em alunos cegos”, explica nominando a dissertação com o título de “Educação Física e capoeira como agentes de inclusão para alunos cegos – um estudo de caso”. Toda a pesquisa foi desenvolvida numa unidade de ensino da rede estadual, na cidade de Pirambu, litoral norte sergipano.

“Trouxemos elementos históricos de pessoas com deficiência, apesar de que o principal objetivo da dissertação é trazer uma resposta prática tanto para o aluno como para o professor”, diz Antenor. Ele lembra que essa é a primeira dissertação publicada contendo a capa e um resumo em braile e disponibilizada no site do Programa de Pós-Graduação em Educação com o recurso de áudio descrição. “A ideia é situar o aluno cego”, diz ele. Acesse aqui no link e confira a obra!

Além disso, o trabalho dá subsídio ao profissional que necessita trabalhar com o deficiente visual por meio das aulas de Educação Física. Com acesso ao estudo realizado por Antenor, profissionais da Educação, estejam na rede pública ou não, encontram o respaldo necessário para entender e aplicar mecanismos que atendam às necessidades dos deficientes por meio de aulas inclusivas.  O pesquisador lembra que para a realização do trabalho não foi colocado nem a Educação Física, nem a capoeira como o método mais importante para a inclusão, contudo, a prática dessa expressão cultural brasileira que mistura arte marcial, esporte, cultura popular e música possui uma subjetividade que, dentro da escola, revela o diferencial para trabalhar a igualdade.

Historiador nato, com mestrado e doutorado em Educação e pós-doutorado em Psicologia Social, sempre percorrendo a temática que revela a construção da subjetividade, e pertencente ao programa de Pós-Graduação em Educação da Unit na linha Educação e Comunicação, o professor doutor Everton Gonçalves de Ávila foi o responsável pela orientação da pesquisa de Antenor. Ele reconhece que a temática da inclusão social tem ascendido nas pesquisas.

“O Antenor é um dos pioneiros aqui no mestrado da Unit, se considerada a forma de desenvolver um trabalho mais abrangente e mais reflexivo, tanto na parte de formação de professor quanto em trazer a fala do aluno. Acho que essa interação é que representa a grande contribuição do seu trabalho”, conclui o doutor Everton.

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