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Doutorandos do PEP/Unit desenvolvem pesquisas nos Estados Unidos

Durante um ano, Juliana de Conto e Gustavo Borges desenvolveram na Wayne State University, pesquisas nas áreas de biocombustíveis e sistemas a alta pressão, respectivamente

às 12h38
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Gustavo e Juliana compartilham experiência vivenciada na WSU com alunos e docentes do Nuesc

Gustavo e Juliana compartilham experiência vivenciada na WSU com alunos e docentes do Nuesc

Entre outubro de 2012 e novembro de 2013, os doutorandos do Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Processos da Universidade Tiradentes, Juliana de Conto e Gustavo Borges desenvolveram na Wayne State University – WSU, instituição localizada em Detroit, Michigan, Estados Unidos, parte das suas teses de doutoramento. Lá, eles tiveram a oportunidade de aprofundar as pesquisas e estreitar a parceria entre as duas instituições de ensino.

A pesquisa de Juliana, cujo orientadores são os docentes Dr.ª Silvia Egues e Cesar Costapinto Santana, é focada na área de biocombustível. “Trabalhamos na síntese de materiais que removem compostos fenólicos do bio-óleo. Os compostos fenólicos não são bons no processo do bio-óleo, porque oxidam esse biocombustível e impedem a sua utilização direta como combustível”, explica a doutoranda. Com a alta demanda de energia nos últimos anos e o interesse cada vez maior por biocombustíveis como fonte renovável de energia, Juliana pesquisou uma nova metodologia para auxiliar na análise desses materiais. “Nos EUA, estudei como é a interação do material que desenvolvemos aqui para remoção desses compostos fenólicos. Então desenvolvemos uma metodologia que utiliza a microscopia de força atômica, onde analisamos a força de interação entre o material sintetizado e o composto fenólico. O biocombustível está se tornando uma fonte de energia desejada. A produção do bio-óleo é muito recente. Então estudamos formas de purificá-lo para sua  aplicação diretamente como biocombustível”, completa.

As novas descobertas do petróleo foi o pontapé inicial para Gustavo Borges centrar suas pesquisas no monitoramento de sistemas a alta pressão.  “Na WSU estudei uma nova técnica para complementar o que estamos fazendo aqui. Temos certa dificuldade em trabalhar com fluidos de petróleo em alta pressão, uma vez que os mesmos são escuros e os fenômenos que ocorrem são precariamente avaliados. Então busquei uma ferramenta para tentar servir de referência para sistemas escuros, que foi a tensiômetria da gota pendente aplicada a sistemas pressurizados. Com os dados que obtive lá, mapearemos regiões de aplicação da nossa ferramenta aqui no Brasil. Por causa das novas descobertas do petróleo, pré-sal e outros campos em Sergipe, o tema está bastante em pauta e tal conhecimento pode ser diretamente aplicado na recuperação avançada desses óleos”, explica Gustavo. A pesquisa do doutorando conta com a orientação dos professores Dr. Cláudio Dariva e Dr. Elton Franceschi.

De volta ao Brasil, os alunos darão continuidade ao trabalho no Núcleo de Estudos em Sistemas Coloidais – Nuesc – no campus Farolândia da instituição.

PARCERIA

Orientadores de Gustavo, Claudio Dariva e Elton Franceschi

Orientadores de Gustavo, Claudio Dariva e Elton Franceschi

A oportunidade para os estudantes participarem dessa mobilidade acadêmica começou em 2008, através de projetos de colaboração de pesquisadores do Nuesc/ITP/Unit com a instituição norte-americana. “Foram sementes plantadas. Começamos a fazer projetos de colaboração com a WSU através de programas nacionais, incialmente, com projetos da Capes, da Fapitec e do CNPq, onde mantínhamos parcerias entre nossos laboratórios e programas de pós-graduação. Esta atividade realizada pela Juliana e do Gustavo vai de encontro a uma das ações que temos no PEP/Unit que é a consolidação do programa buscando competências e experiências positivas que existem em outras instituições. Nós queremos formar bons profissionais, com boas experiências e que depois levem o nome da universidade para onde eles forem. A ideia é consolidarmos esta parceria e, na próxima etapa, trazer alunos da WSU para a Unit”, ressalta o professor Cláudio Dariva. O docente também conta que na época foram realizados na Wayne State University estágio curtos de alguns alunos da graduação, além do pós-doutoramento dele e da professora Silvia Egues.

Outro fator importante da mobilidade dos alunos na Wayne State University foi a contribuição deles nas pesquisas dentro da universidade. Segundo a professora Silvia Egues, a mobilidade dos estudantes será considerável para o avanço das  pesquisas nos laboratórios da instituição. “Acredito que ambos os laboratórios usufruirão da experiência que os estudantes tiveram na WSU. Estamos tendo avanços nas pesquisas realizadas no laboratório, em relação a capacidade de obter resultados e entender melhor os processos que estão sendo desenvolvidos. O equipamento que a Juliana aprendeu a utilizar, por exemplo, será instalado aqui sob a supervisão dela e, certamente, a pesquisadora colaborará na capacitação de outros alunos”, sugere a professora.

Para Juliana e Gustavo, a vivência na WSU é um diferencial no currículo. “É uma experiência totalmente diferente e que recomendo a todos que tiverem oportunidade”, reforça Gustavo. “A forma como eles fazem pesquisa é diferente da forma que fazemos pesquisa aqui no Brasil. É bom ver como outros grupos de pesquisas trabalham para acrescentar conhecimento. Lá, eles trabalham com tecnologia de ponta e vemos que aqui na Unit e no ITP também temos potencial para desenvolver o que foi vivenciado lá. Há um crescimento em todos os sentidos e poderemos compartilhar com nossos colegas”, completa Juliana.

Fotos: Marcelo Freitas

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