Tão logo iniciou a graduação, Paulo Sérgio Sobral não imaginaria o leque de possibilidades que a universidade poderia oferecer. Estudante do curso de Engenharia Química da Universidade Tiradentes (Unit), ainda no 3º período ele descobriu a Iniciação Científica (IC) por meio de um professor durante uma aula.
“Ele estava precisando de um aluno para auxiliar em um trabalho no Instituto de Tecnologia e Pesquisa (ITP). Procurei saber mais e fiquei encantado em descobrir que poderia trabalhar em um laboratório realizando pesquisas científicas, que é algo que sempre tive muita vontade e curiosidade para conhecer melhor. A partir daí, ingressei no ITP e estou lá até hoje, no meu 8º período”, comenta Paulo.
O estudante destaca a importância da IC. “A experiência de viver a Iniciação Científica é única. Nós aprendemos muito com cada projeto, a vivência no laboratório agrega valores e experiências à graduação e permite saber o que podemos esperar após a conclusão dela. Cada novo projeto em que somos inseridos representa uma oportunidade de aprender algo novo, sempre! E posso afirmar que isso realmente acontece. Vale muito a pena”, enfatiza.
““A iniciação científica foi e ainda é muito importante, pois, como estudante de Engenharia Química, abriram-se vários leques na experiência e conhecimento. Sempre agrega bastante coisa em meu aprendizado, a cada dia lidamos com algo novo. Surgem problemáticas que nos fazem pensar ‘fora da caixa’, para que possamos solucionar, sem falar na melhoria da escrita e da leitura, a partir da construção dos relatórios e artigos científicos”, acrescenta.
Atualmente, Paulo Sobral dedica-se à construção de diagramas de fase para sistemas etanólicos bifásicos formados por líquidos iônicos e polímeros ou polímeros em bloco para o particionamento seletivo de anti-inflamatórios não esteroidais nos Laboratórios de Pesquisa em Alimentos (LPA) e de Engenharia de Bioprocessos (LEB) do ITP. O projeto tem como orientador o professor Dr. Álvaro Silva Lima, junto com um grupo de professores, como a Dra. Cleide Mara Faria Soares e o Dr. Ranyere Lucena de Souza.
“O primeiro projeto de que participei também foi muito importante, pois alguns assuntos que via nas aulas teóricas tive a oportunidade de colocar em prática no desenvolvimento do trabalho, foi enriquecedor para meu aprendizado. Além disso, foi um projeto desafiador, pois passávamos o dia inteiro no laboratório, de segunda a sexta, e como a ciência é construída a partir de tentativas e erros, era um trabalho que exigia muita paciência. Havia dias em que o resultado obtido não era o que esperávamos, e tínhamos que repetir todo aquele dia de trabalho”, declara.
Após a graduação, Paulo Sérgio Sobral pretende iniciar o mestrado. “Não penso em ficar parado, antes mesmo de começar a iniciação já pensava em seguir com o mestrado ao término da graduação. Com toda a vivência e aprendizado que a IC proporciona, a motivação foi aumentando cada vez mais”, finaliza.
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