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Experiência internacional

Intercâmbio contribui para qualificação profissional com diferencial para o mercado de trabalho

às 15h06
O mercado de trabalho está cada vez mais exigente e concorrido, buscando profissionais qualificados e com diferencial competitivo no seu currículo. Para determinadas vagas, especialmente no meio acadêmico e de pesquisa, o título de doutor ou mestre, este último em alguns casos, passou a ser critério de enquadramento do profissional e, não mais o de seleção. Para estes profissionais, além da produção acadêmica, o limiar do diferencial no momento de uma seleção, que decidirá por um ou outro candidato, poderá ser a experiência obtida durante a sua formação, somada ao bom currículo. Neste caso, a internacionalização pesa e representa não só a qualificação profissional, mas a possibilidade de construir uma rede de contatos em outros países.
O discente Anderson Barbosa em Madrid. Ao fundo, o Instituto de Investigação em Ciências da Alimentação (CIAL), local onde realiza o estágio de doutorado-sanduíche
O discente Anderson Barbosa em Madrid. Ao fundo, o Instituto de Investigação em Ciências da Alimentação (CIAL), local onde realiza o estágio de doutorado-sanduíche
A discente Ethe Costa na Universidade do Porto, em Portugal
O discente Anderson Barbosa (esquerda), no seu ambiente de estudo acompanhado de grupo de alunos do laboratório de pesquisa
O discente Anderson Barbosa ao centro, acompanhado dos seus supervisores em Madrid - Dr. Benevides Costa Pessela e a Dra. Gloria Fernández-Lorente, membros da CIAL
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Atualmente, a oportunidade dos alunos para adquirir experiência internacional acontece cada vez mais cedo, já na graduação eles têm os primeiros contatos com os programas de mobilidade internacional. Porém, é na pós-graduação que esta prática pode se tornar mais produtiva. Nesta fase, o “aluno” já é um profissional formado, mais amadurecido e preocupado com a sua formação e o seu futuro. Além disso, durante a pós-graduação o estudante conta com o apoio do curso e do orientador que direcionam para um determinado país ou instituição, inclusive, onde mantêm contato e parceria com os grupos de pesquisa.

“Os alunos da pós-graduação em Biotecnologia Industrial – PBI – têm sido estimulados a participar de estágio internacional com o objetivo de obter experiência na vivência em outro país e de realizarem a complementação dos seus estudos e trabalhos de pesquisa, em colaboração com as melhores instituições e grupos de pesquisa”, afirma o professor Dr. Marcelo Mendonça, coordenador do PBI da Universidade Tiradentes.

Os alunos encontram nos programas de bolsa e auxílio à pesquisa o apoio imprescindível, sem o qual, a mobilidade internacional não conseguiria ser concretizada. Programas de bolsas da CAPES, do CNPq e de outras instituições, como do Programa Fórmula Santander são bons exemplos e grandes incentivadores para a realização desses sonhos, além de muito trabalho e aprendizagem.

 

Vivência durante intercâmbio

Anderson Barbosa e Ethe Costa são alunos de doutorado e mestrado, respectivamente, do PBI e tiveram a oportunidade de realizar estágio em outro país.

“Fala mais devagar, por favor. Sou brasileiro recém-chegado do Brasil e não sei falar muito bem espanhol ainda”. A frase foi decorada antecipadamente por Anderson para que, ao chegar a Madrid na Espanha, não enfrentasse tanta dificuldade com a língua local.

“O maior desafio foi conseguir me comunicar nos primeiros dias com as pessoas. Apesar de a maioria achar que o espanhol é parecido com o português, durante a comunicação com nativos, surge muita obstáculo devido à rapidez com que falam”, conta o biólogo, Anderson, que brinca com a situação inicial. Egresso do curso de mestrado no PBI – da Unit, Barbosa é estudante de doutorado no mesmo Programa e faz estágio de doutorado-sanduíche na capital espanhola, apoiado por Programa de Bolsa da CAPES.

Da frase decorada à seleção e aprovação. “A ansiedade era muito grande. Ao saber da resposta positiva foi àquela mistura de sentimentos: alegria e nervosismo que, ao se aproximar do tão esperado dia da viagem, só aumentava”, declara o pós-graduando.

O aluno conta que os passos iniciais para o intercâmbio ocorreu durante um evento científico que participou, onde teve a oportunidade de conhecer e conversar com o pesquisador que seria o seu futuro supervisor, em Madrid, o Dr. Benevides C. Passela. “A partir do primeiro contato no evento continuamos conversando sobre os trabalhos e surgiu a ideia de fazer um estágio doutoral para aprender mais sobre minha área de pesquisa e conhecer um dos grupos e laboratórios mais renomados em trabalhos com imobilização e estabilização de enzimas”, explica Anderson.

“Minha expectativa só aumenta e são as melhores possíveis. As perspectivas e os planos mudam, os horizontes se expandem conforme a gente vai aprendendo, vivendo e conhecendo realidades distintas. O que mais aproveito durante a minha estadia aqui no exterior não é apenas o engrandecimento do meu currículo, é a mudança de visão de um mundo acadêmico resultante da minha exposição a outras realidades diferentes do Brasil”, ratifica Barbosa.

 

Programa Fórmula Santander

Assim como Anderson, a mestranda Ethe também foi selecionada para fazer intercâmbio. Por meio de uma parceria com o setor de Relações Internacionais do Grupo Tiradentes, a estudante de mestrado do PBI participou do Programa Fórmula Santander com apoio financeiro para fazer estágio durante seis meses na Universidade do Porto, em Portugal.

“O apoio do Programa foi essencial. É o reconhecimento de que estudar e se dedicar não é perda de tempo. Por meio da Unit e do PBI, tive a oportunidade de ter acesso a um intercâmbio com apoio financeiro para que realmente tornasse realidade um sonho que tinha há muito tempo. Foi um conjunto. Um trabalho em equipe onde o sucesso foi chegar aqui e poder compartilhar meus conhecimentos, minha cultura, o nome da minha universidade, da minha pós-graduação. Sempre sou questionada onde estudo, o que eu faço e qual o curso estou a concluir”, conta Ethe.

“Tenho muitas expectativas, inclusive de retornar e desenvolver um novo trabalho. Ao ver que toda dedicação tem um resultado positivo, fico muito feliz. É emocionante ver que seu trabalho está funcionando, que está tendo resultados positivos e o principal, reconhecimento do seu orientador. Retorno ao Brasil com a certeza que sonhos podem se realizar, temos apenas que ir a busca de caminhos para que isso aconteça”, finaliza.

 

Os alunos deverão concluir o seu estágio e retornar ao Brasil para finalizar os cursos de pós-graduação. A oportunidade e a experiência vivida por eles tem sido a de muitos brasileiros, que contam com o estímulo e a orientação dos seus professores no Brasil.

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