Por muitas vezes, o ser humano é levado a crer que a produtividade está intrinsecamente ligada a uma rotina frenética e repleta de atividades. No entanto, há uma abordagem que se destaca como uma contraposição a essa mentalidade: o conceito de “ócio criativo”, uma prática que vai além do simples descanso ou lazer.
O ócio criativo, segundo a gerente do Unit Carreiras, Janaína Machado, é uma prática que convida a repensar a relação com o tempo livre. “Não se trata da sensação de não fazer nada. É dedicar-se ao que traz prazer. É um momento de desenvolvimento pessoal, de criatividade e estímulo. Em um mundo onde a pressão constante muitas vezes nos afasta de atividades que verdadeiramente nos nutrem, o ócio criativo surge como uma oportunidade para reconectar-se consigo mesmo e com atividades que promovam um prazer genuíno”, destaca a gerente.
A importância do prazer para a produtividade
Contrariando a ideia de que uma mente vazia é improdutiva, Janaína enfatiza que, na verdade, um período de ócio criativo pode ser altamente produtivo. Através desses momentos, a criatividade se desenvolve de forma mais intensa.
“Quando você está mais relaxado, sua produtividade se amplia. Essa perspectiva nos encoraja a valorizar o tempo dedicado a atividades aparentemente menos ‘produtivas’, reconhecendo que esses momentos podem desencadear um aumento significativo em nossa capacidade criativa”, elenca Janaína Machado.
Quando se trata de práticas de ócio criativo, a variedade é a palavra-chave. Desde atividades artísticas como pintura e dança até o aprendizado de novas habilidades como idiomas e culinária, cada indivíduo tem a liberdade de escolher o que mais ressoa consigo.
“As práticas podem ser: yoga, leitura, atividade física de modo geral. Eu sempre acho que as artes são muito importantes, fazer um teatro, participar de um clube de livros, pintar, dançar, tudo isso que pode fazer bem. São práticas importantes para alimentar o ócio criativo”, enfatiza.
Integrando o ócio criativo à rotina moderna
Em um mundo dominado por agendas lotadas e compromissos incessantes, a ideia de incorporar o ócio criativo pode parecer desafiadora. No entanto, Janaína Machado encoraja a considerá-lo como uma prioridade.
“Não devemos passar por esta vida apenas resolvendo problemas, fazendo somente as tarefas tediosas. Portanto, vamos adicionar um pouco de prazer a esse dia a dia agitado, de forma a ter a certeza de que a vida é valiosa.” Ela sugere identificar o que traz felicidade e incorporar esses momentos, mesmo que breves, na rotina diária.
Limites e Equilíbrio
É natural questionar se existe um limite para a prática do ócio criativo e se ele pode se transformar em improdutividade. Para Janaína, o segredo está em encontrar equilíbrio. “O limite do ócio criativo está diretamente ligado à sua rotina e ao tempo que você reserva para desfrutar desse momento de prazer. Ele não deve ser confundido com procrastinação, pois está enraizado em uma busca consciente pelo prazer e pela realização pessoal”, orienta.
A prática do ócio criativo, guiada pelo prazer e pela autenticidade, revela-se como um catalisador para a criatividade, produtividade e bem-estar. À medida que essa abordagem é explorada, somos convidados a redefinir a relação com o tempo e a redescobrir a importância vital de momentos de pausa e autodescoberta na jornada moderna.
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