O PBI é um dos nove no Brasil e o único no Nordeste a atingir a nota 5, com os cursos de mestrado e doutorado acadêmico. Com uma trajetória marcante, o programa de stricto sensu da Unit iniciou o ano de 2018 com novas conquistas. Na última sexta-feira, 26, o biólogo Anderson Barbosa concluiu um ciclo de quase quatro anos de pesquisa e defendeu sua tese de doutorado pelo programa. O pesquisador foi o primeiro aluno aprovado pelo Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia Industrial da instituição de ensino.
Formado pela Unit e mestre também pelo PBI, Barbosa apresentou o trabalho intitulado “Imobilização de lipase de Burkholderia cepacia em suportes derivados de fibras naturais de dendê originados de resíduos agroindustriais”.
“Este é um dia marcante para nós que fazemos o programa. Quando a Unit decidiu, na sua política de educação, primar pela qualidade da instituição e criar os programas de pós-graduação foi um resultado muito acertado. Para o PBI, marca o caminho da consolidação, não somente pela formação de recursos humanos, mas também pela geração de conhecimento com a quantidade de alunos já formados”, declara o coordenador do Programa, professor doutor Marcelo Mendonça.
“Para o PBI, a defesa da primeira turma de doutorandos é o caminho para consolidação do programa, os resultados do curso já são reconhecidos e todos os professores e alunos estão de parabéns pelos trabalhos realizados. A gente demonstra que, em um pequeno espaço de tempo, 13 anos de pós-graduação, a Unit chega a patamares de excelência e isso vem se solidificando cada vez mais”, complementa a diretora de Pesquisa da Unit, doutora Juliana Cordeiro Cardoso.
“Sempre quis seguir a carreira acadêmica e para mim foi uma honra fazer parte da primeira turma de mestrado, e agora, do doutorado. Fiquei muito lisonjeado, porque sempre depositaram confiança em mim e acreditaram no meu trabalho”, enfatiza Anderson.
Sobre a tese
Foram 44 meses, menos de quatro anos, dedicados à tese para obtenção dos resultados. Orientado pela professora doutora Cleide Mara e pelo docente doutor Álvaro Lima, a pesquisa foi ampla utilizando aproximadamente 15 métodos para imobilização de enzimas. “Conclui com o trabalho que apenas com a adsorção física consegui imobilizar na fibra natural de dendê”, explica Anderson.
A tese foi avaliada pelos professores Benevides C. Pessela João, do Department of Microbial Biotechnology, em Madrid; Luciana Gonçalves, da Universidade Federal do Ceará; Nayara Carvalho e Laiza C. Krause, ambas da Universidade Tiradentes.
“Fiquei muito feliz em participar da primeira defesa de tese do programa. Foi uma honra, porque é um momento histórico. Além disso, trata-se de um grupo de pesquisa com excelente trabalho de pesquisa e inovação”, salienta a professora Luciana.
“O candidato soube defender o seu trabalho e respondeu a todos os questionamentos dos membros da banca com convicção, mostrando sua formação adequada. Nem sempre o caminho da pesquisa leva a resultados positivos, precisamos saber lidar com isso e extrair o melhor conhecimento, buscando saídas que viabilizem a obtenção do produto final. Nota-se que ele fez isso em muitos casos, o que mostra o seu amadurecimento”, observa a docente.
Anderson desenvolveu parte do seu trabalho na Universidade de São Carlos (UFSCar) e no Department of Microbial Biotechnology, em Madrid, durante seis meses com bolsa de doutorado-sanduiche (Capes).