Dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) mostram que 30% dos brasileiros tem hipertensão. No mundo, a doença mata mais de 10 milhões de pessoas. A maior parte dos casos é assintomática ou com sintomas inespecíficos, o que não a torna mais perigosa. No entanto, querer cuidados. Ainda assim, a condição pode ser contornada com tratamentos medicamentosos, estilo de vida saudável e prática de atividades físicas.
“Hipertensão arterial sistêmica, como é de fato chamada, é a elevação sustentada dos níveis pressóricos acima de 139 mmHg a sistólica e acima de 99 mmHg a diastólica. A detecção é clínica, através de medidas com aparelho de pressão, pois a maioria das vezes ela é silenciosa, embora possa causar sintomas inespecíficos como mal estar, dores de cabeça e tontura”, explica a professora da Universidade Tiradentes, Dra. Ursula Maria Moreira Costa Burgos
A maior parte dos casos de hipertensão é assintomático. “A presença de sinais inespecíficos por si só não define os casos. Não ter sintomas não torna o quadro mais perigoso em si, mas pode sim fazer com que o diagnóstico só seja feito quando surgirem as complicações como um infarto, um derrame ou uma insuficiência renal. De um modo geral é preciso monitorar os níveis pressóricos periodicamente para rastrear a hipertensão”, enfatiza.
Obesidade, tabagismo, sedentarismo, histórico familiar, estresse e envelhecimento como fatores de risco para o desenvolvimento da hipertensão. O sobrepeso e a obesidade podem acelerar em até 10 anos o aparecimento da doença, assim como o consumo exagerado de sal, que associado a hábitos alimentares não adequados também colaboram para o surgimento da doença. “O histórico familiar não é uma sentença. A genética só se manifestará se tiver um ambiente propício, por isso é importante se cuidar sempre, mantendo hábitos de vida saudáveis é diminuir as chances desse histórico se manifestar”, ressalta a professora.
“O estilo de vida saudável é a estratégia maior de prevenção à hipertensão. É importante manter uma alimentação balanceada, limitar a ingesta de sal, atividade física regular (pelo menos 150 minutos de atividade de moderada intensidade por semana), não fumar, dormir bem e ter meios de gerenciamento do estresse. Os cuidados na prevenção se mantêm para todos, acrescentando-se ao hipertenso que não controla apenas com as medidas não farmacológicas, o uso de anti hipertensivos de acordo com orientação médica, de forma individualizada”, conclui.
Leia mais: