O evento que já se tornou obrigatório no calendário acadêmico da instituição e antecede o início de cada período letivo destaca desta feita o tema “Educação Superior: qualidade, mobilização de conhecimento e ensino reflexivo”. A conferência é proferida pelo publicitário, escritor e palestrante baiano radicado em São Paulo, André Torreta às 18h30, no terraço da Biblioteca Central.
Antecipamos nessa entrevista realizada com o cientista político e comportamental, considerado como expert na nova classe média no Brasil e profundo conhecedor na área de marketing e comunicação um pouco daquilo que o corpo docente da Unit terá a chance de vivenciar durante a Jornada Pedagógica.
Asscom – Em se tratando de um público específico, que informações o senhor passa para a academia durante a abertura da jornada?
André Torreta – Vamos conversar sobre as duas grandes transformações que tomaram conta do Brasil nos últimos anos. Primeiro, um crescimento econômico que fez mais de trinta milhões de brasileiros romperem a linha da miséria. Depois, a maior crise econômica da nossa história! Que brasileiro saiu desta jornada? Quem somos nós hoje?
Asscom – Algum aspecto se considerado o tema em destaque o senhor considera indispensável destacar?
AT – Qual o brasileiro que irá sair desta crise? Como é o estudante brasileiro hoje? Quem são os alunos frutos dessa montanha russa emocional, financeira e moral que vivemos?
Asscom – Uma das preocupações da IES sergipana é com a atualização de conhecimento dos seus docentes. Momentos como esse fazem a diferença, em sua opinião?
AT – Sim. Se o Brasil muda, o brasileiro muda, o estudante muda. Todos nós temos que entender e compreender esse Brasil que vivemos.
Asscom – A facilidade cada vez maior do indivíduo em ingressar no mundo tecnológico tira dele a necessidade do raciocínio. Esse pode ser um fator condicionante para o educador repensar a metodologia de ensino levando o seu aluno a se sentir estimulado ao aprendizado reflexivo?
AT – É função, principalmente do professor, esclarecer para a sociedade que uma ferramenta não é nada sem a inteligência humana. Sem a educação. Claro que a metodologia hoje deve refletir o mundo de hoje. As mudanças devem existir. Mas de maneira responsável.
Asscom – Como o senhor vê a educação enquanto metodologia de aprendizagem no Brasil de hoje?
AT – Como não sou um expert no assunto prefiro não me pronunciar.
Asscom – Na condição de agentes multiplicadores de conhecimento, qual deve ser o papel do professor universitário no exercício da sua profissão?
AT – Cada vez mais fundamental. Hoje existe no mundo um deslumbramento com a ferramenta. Grandes empresas querem desfazer da importância do ser humano, da inteligência humana, em um futuro próximo. Precisamos derrubar urgentemente essa ideia. O futuro da humanidade continua nas mãos da humanidade. E os professores devem ser o elo mais forte dessa corrente.
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