Tem gente que não sai de casa sem batom, blush e máscara de cílios. Para os mais antenados nas tendências, a lista de produtos é ainda maior. Porém, a prática de se maquiar é mais remota do que se imagina. Registros arqueológicos mostraram que no Egito Antigo, 3.000 anos a.C., as mulheres já utilizavam sombra nos olhos. Mais do que uma exibição de vaidade, a maquiagem nesse período era útil no combate a infecções nos olhos. A partir disso, ela foi incorporada aos ritos de higiene e cuidados diários, tornando-se uma demonstração de requinte.
Segundo a professora do curso de Estética e Cosmética da Universidade Tiradentes, Shirlei dos Santos Campos, a maquiagem é uma forma de expressão. “Cada indivíduo é único e a maquiagem vai ajudar a expressar um pouco dessa particularidade. É uma forma de você se posicionar, de as pessoas te notarem e perceberem que suas características são valorizadas. Você deve seguir o que serve para você, dentro da sua beleza, dentro do que há de melhor em cada pessoa”, declarou.
Para algumas pessoas, a maquiagem é um item de autoestima e autoconhecimento. “A maquiagem é um recurso de enfrentamento do espelho, eu posso dizer assim. Algumas pessoas têm dificuldade em se olharem e se valorizarem. Mas quando você começa a se olhar e perceber que tem características que devem ser valorizadas, que é bonita, a maquiagem te ajuda a se perceber como tal, como um ser único, como um ser dotado de beleza, um indivíduo que deve valorizar suas características individuais, e tudo isso ajuda a pessoa a melhorar a sua autoavaliação”, disse.
“Depois que você identifica essa valorização, você vai usar maquiagem se gosta de maquiagem, ou depois de um tempo não quer usar tanta maquiagem assim. Porque, se você consegue recuperar seu senso de identidade e a sua autoestima, tudo isso fica bem mais fácil. Então, a maquiagem proporciona um resgate desse autoconhecimento”, concluiu Shirlei.
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