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Mobilidade acadêmica virtual promove novas experiências a estudantes

Com a pandemia, as oportunidades internacionais para acadêmicos precisaram se reinventar. Com isso, os alunos aproveitam para realizar a mobilidade de forma on-line.

às 11h00
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A pandemia do  coronavírus trouxe novas oportunidades. Uma delas veio através da  mobilidade acadêmica. Com as mudanças provocadas pelo atual momento, a modalidade passou de  presencial para virtual.      

Entre os estudantes que estão vivenciando essa nova experiência está Davi Augusto Soares, acadêmico do 8º período do curso de Psicologia da Universidade Tiradentes — Unit. O aluno se preparou para realizar a mobilidade acadêmica presencial mas, por causa da pandemia, teve que adiar os planos. Atualmente,  está conciliando as matérias do curso na Unit com uma disciplina na Universidad de Monterrey (Udem), no México.

“Desde o início da minha formação acadêmica  tive essa curiosidade de saber como são as diversas culturas que se encontram fora do meu país,  quais discussões  ocorrem em outras  regiões  do mundo, considerando suas respectivas culturas sob a ótica da Psicologia como ciência. Isso  sempre gerou em mim certa curiosidade”, comenta Davi.

“Então, comecei a pensar em  fazer mobilidade acadêmica durante a minha graduação. Conheci o departamento de Relações Internacionais na Unit e iniciei  a preparação  para o processo seletivo,  desde o 3º período. No ano passado, resolvi que era o momento e logo fiz minha inscrição, ainda no primeiro semestre, mas veio a pandemia e as oportunidades de intercâmbio foram canceladas”.  No México, país escolhido pelo acadêmico, ele iria realizar um estudo comparativo em um projeto de Iniciação Científica já aprovado pela Fapitec. 

A partir de um projeto-piloto da Coordenação de Relações Internacionais, Davi tem vivenciado a experiência da mobilidade acadêmica de  forma on-line,  cursando  uma matéria relacionada ao tratamento da ansiedade. “Era um tema no qual  eu adoraria aprofundar  os meus conhecimentos, porque a ansiedade é uma das questões mais debatidas em  saúde mental. Então, acabei escolhendo essa matéria e estudo à noite”, conta.

“Tem sido um desafio bem interessante, porque além do fuso horário, as aulas acontecem ao vivo. Com isso, além da adaptação a  uma nova rotina, tem a questão da língua estrangeira. Eu não tinha estudado espanhol. A minha vida inteira estudei inglês e isso me assustou um pouco, mas com o tempo foi mudando”  diz. 

“No início, você não conhece ninguém e a parte da interação social e integração também foi um desafio. Mas, como me apresentei como um intercambista, a professora, por exemplo, sempre se esforçava  para que eu me sentisse parte de tudo aquilo. A universidade também possui um programa de acolhimento e tudo foi ficando mais tranquilo e fui fazendo novas amizades”, destaca.

Para Davi,  a experiência tem sido bastante válida. “Eu vejo a chance de estudar uma nova língua como uma oportunidade de ir além dos muros que me cercam e  me conectar com novos tipos de informações e pessoas. Levando em consideração que sou um acadêmico de Psicologia, sinto que essa oportunidade pode auxiliar muito a minha expansão profissional e acadêmica”, enfatiza. 

“Estou muito feliz de estudar em uma universidade fora do meu país, de forma remota, porque eu acredito que é uma chance  única. Acho que são poucas  as universidades que conseguem ter  essas conexões  e isso ajuda muito o aluno a crescer e ter uma outra visão”, finaliza. 

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