O projeto “Adapte Mais” começou no segundo semestre de 2016 com apenas cinco famílias e encerrou as atividades do primeiro período letivo de 2019 na tarde desta quarta-feira, 5, coincidentemente, com cinco crianças na fila de espera.
Os resultados obtidos com o projeto ao longo dos seis semestres surpreendem até a sua idealizadora, a professora Núbia Lira. A docente lembra que se trata de um projeto extensionista que se mantém em sua integralidade pelo interesse de alunos e até mesmo de egressos de Educação Física.
“O atendimento à crianças e jovens com deficiência vem proporcionando ao projeto ‘Adapte Mais’ resultados bastante significativos”, lembra a coordenadora. Ela explica que são feitos relatórios individualizados e que os encontros ocorrem às quartas-feiras numa das quadras cobertas do Complexo Desportivo do Campus Farolândia. “É uma forma de analisarmos o desenvolvimento de cada paciente e também de percebermos quais são suas maiores dificuldades”, complementa Núbia.
Empolgada e satisfeita com a evolução comportamental do seu filho autista, Antônio Felipe, de 12 anos, Lucimar de Oliveira afirma é perceptível a importância do projeto.
“Quando vou vestir a roupinha, ele já sabe que é para vir e se repete no desejo de estar aqui. Ou seja, ele identifica que vem brincar! Sem contar que ele interage com outras crianças e aqui todos vivem a mesma experiência e aprendizado”, comenta Lucimar, salientando que tanto os pacientes quanto as mães recebem cuidado e zelo de todos os envolvidos no projeto. A confiança que a mãe de Felipe sente ao trazer seu filho para as atividades é a mesma que sente Rosicleide Hora Teixeira, mãe de Carlos Vinícius Hora Fernandes, com nove anos.
“Percebo que a interação social dele melhorou muito, sem contar que todo o trabalho é realizado de forma transparente, com a participação das mães”, complementa Rosicleide.
Voluntário no “Adapte Mais”, o acadêmico José Kássio França Santos Fróes considera a importância do projeto pela inclusão que ele proporciona.
“Por serem imperativas e por possuírem características tão especiais, elas ficam excluídas na sociedade. O projeto traz essa inclusão para que eles possam interagir com outras crianças e com as mães”, pondera o acadêmico, que pretende continuar com o trabalho voluntário no próximo período letivo.
Enquanto aluno, Kássio assegura que o projeto acrescentou muito à sua aprendizagem e experiência, uma vez que estava acostumado a trabalhar com pessoas que não possuem deficiência.
“Agora a vivência é bem mais ampla e nos dá suporte para atender às situações especiais”, complementa.