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Novos horizontes: após a graduação, egressa do curso de Arquitetura da Unit participa de exposição em Londres

Para realizar um sonho, Laís Ayres seguiu para o exterior para aperfeiçoar a língua inglesa e, atualmente, faz o curso de mestrado na London Metropolitan University. Em recente exposição, explorou os sentidos das crianças e criou elementos que compõem uma atmosfera lúdica rodeada pela natureza.

às 14h28
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Laís Ayres é uma jovem sonhadora. Aos 17 anos, optou por cursar Arquitetura e Urbanismo em meio às dúvidas de qual carreira deveria seguir. Design de interiores, Moda, Artes Cênicas, Publicidade e Produção de Eventos eram algumas de suas opções para o campo profissional.

Mas, logo no início do curso, Laís se apaixonou pela profissão. “Comecei a ter aulas da disciplina de materiais de construção, mas era uma matéria que não fazia parte de minha rotina, nunca tinha ido a uma construção na minha vida. Foi aí que alguns colegas e eu decidimos aprender na prática e fomos em busca de uma obra para visitar e aprender sobre os processos, concretagens e tudo o que envolvesse a matéria”, comenta Laís. 

“No início era apenas para aprender o que estava passando na matéria, mas acabei me apaixonando pelo dia a dia da obra. Comecei a me identificar tanto, que ia dia de sábado. Foi neste momento que me encontrei na profissão”, acrescenta a arquiteta. 

“A Universidade Tiradentes foi importante desde o primeiro momento. Eu fui me apaixonando pelo curso por causa dos professores que tive e por causa das oportunidades que eles me forneceram, além da qualidade do ensino”, garante.

O envolvimento da acadêmica foi tanto, que Laís conquistou uma vaga de estágio na obra que acompanhava diariamente. “Foi ainda mais enriquecedor. Comecei a entender mais ainda como tudo funcionava, era uma oportunidade muito boa. Entregamos a obra como planejado”, conta. 

Ao finalizar o estágio, Laís seguiu em busca de novas oportunidades para conhecer ainda mais a profissão. “No momento, eu procurava experiências diferentes, estagiei em alguns escritórios, onde fazíamos reformas, levantamentos cadastrais e orçamentos. Fui me apaixonando cada vez mais pelas diversas áreas de atuação do que até então era minha futura profissão”, declara.  

Após concluir a graduação, em 2016, e com o mercado um pouco em crise na época, Laís, que sempre sonhou em fazer um intercâmbio e aperfeiçoar a língua inglesa, não pensou duas vezes, seguiu para Dublin, na Irlanda, no início do ano seguinte. “Sabia que o inglês era muito importante, queria fazer alguma pós-graduação, e o aperfeiçoamento é fundamental. Escolhi Dublin, porque poderia estudar e trabalhar também. Além disso, tem uma localização muito boa, um lugar estratégico para conhecer outros países. É uma vivência bastante enriquecedora, um crescimento pessoal de muito aprendizado”, salienta. 

Após o período de três anos na Irlanda, chegou a hora de alçar novos voos, literalmente. Agora, Laís Ayres foi em busca de um mestrado na sua área. “Fiz várias pesquisas e encontrei as duas melhores universidades com mestrados renomados na área que queria, uma era em Londres e outra na Califórnia. Ao pensar nas oportunidades, optei pela London Metropolitan University. Londres é considerada o berço da arquitetura no mundo depois da Espanha”, diz a arquiteta que está finalizando o mestrado em Design de Interiores. 

Com uma trajetória de sucesso, durante a qualificação participou da “The Summer Show 2020”, exposição vitrine para os trabalhos desenvolvidos pela Escola de Arte, Arquitetura e Design de London Metropolitan University. Laís explorou os sentidos das crianças e criou elementos que compõem uma atmosfera lúdica rodeada pela natureza. O ambiente estimula o engajamento e a interação humana, tanto com os elementos culturais quanto com o mundo no qual fazem parte, promovendo assim um resgate da convivência humana com a natureza e a criação de memórias afetivas.   

Sobre a exposição

Com um projeto voltado para entender os sentidos e se conectar com as pessoas de forma conscientes e subconscientes, os participantes da exposição montaram espaços ou ambientes de acordo com o público estudado. 

“Foi o primeiro trabalho que a gente desenvolveu. O briefing abordou a criação de um design que fizesse esta conexão com os usuários de diferentes maneiras e que a gente pudesse oferecer experiências. Por isso, a arquitetura e o design são importantes, porque interferem diretamente na maneira com que as pessoas percebem um ambiente criado e como os sentidos reagem aos estímulos sensoriais de cada ambiente”, frisa.

“A arquitetura impacta diretamente na vida das pessoas. É uma responsabilidade imensa. O trabalho que a gente faz permanece por muitos e muitos anos na vida das pessoas. Minha primeira decisão foi escolher o público que queria atingir e, depois, fazer os estudos para definir o estímulo e o design do que seria criado. O conceito do meu projeto veio do ‘brincar’. Visitei museus infantis e pensei em uma forma que pudesse interagir com as crianças. Comecei com o cubo mágico”, explica Laís. 

“Descobri que as crianças são atraídas pelas leis básicas da física. Elas são fascinadas pelas descobertas e aprendem muito por meio de brinquedos que desafiam essas leis. São movimentos simples e cores que prendem a atenção desse público. Depois de fazer a pesquisa, precisava criar um elemento que desafiasse o usuário, neste caso o público infantil, de uma maneira simples e criativa”, complementa.

“A partir do meu ponto de partida, fui fazendo vários experimentos, porque eu queria que a criança interagisse com elemento cinético de uma forma diferente. Queria fazer um cubo mágico grande para fascinar este público. Cheguei a um formato vazado que, além de ser mais leve para a criança rotacionar, também poderia ficar dentro dele e causar uma experiência que tivesse uma relação e que, quando chegasse à vida adulta, pudesse remeter a lembranças da infância”, revela.

O sucesso do trabalho foi tão grande que Laís ampliou o projeto. A arquiteta desenvolveu outros elementos que seguem o mesmo padrão e complementam o primeiro criado anteriormente, formando assim um tipo de landscape. Daí, surgiu o nome do projeto que é Playscape. “São esculturas que por si só chamam atenção do público. A intenção é atrair o usuário de uma maneira que ele se divirta. Não existe regra. Como ampliei o trabalho, ele foi escolhido para ir à exposição”, assegura.   

“Agora, quero ampliar o portfólio e, com o meu projeto final, conseguir maior visibilidade e conquistar novas oportunidades”, finaliza Laís. Devido à pandemia do novo coronavírus e com as aulas suspensas, a arquiteta está de volta ao Brasil e retornará a Londres para concluir apenas o projeto final do mestrado. 

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