“O ensino no internato é incrível! Só não aprende quem não quiser”. Assim definiu, aos risos, a estudante Thallita Vasconcelos das Graças, do 11º semestre do curso de Medicina da Universidade Tiradentes (Unit), que foi uma das participantes do internato médico realizado entre maio e julho deste ano no Hospital Alemão Oswaldo Cruz (HAOC), em São Paulo (SP). Durante o mês de julho, ela fez o internato na especialidade de Gastroenterologia, que já era uma de suas áreas preferidas.
A aluna conta que queria ter uma experiência diferente do que é vivido em seu dia-a-dia. “Eu sempre quis aprender um pouco da prática fora do estado e expandir meus horizontes. E sempre pensei em São Paulo, porque é lá que eu quero fazer residência. Já havia buscado hospitais para fazer o estágio lá, mas eles só aceitavam alunos de universidades que possuíam parceiros (do próprio estado de São Paulo)”, contou.
A oportunidade apareceu através da parceria entre a Unit e o HAOC, que foi firmada a partir de 2019. Quando a seleção foi aberta, em abril, Thalitta não pensou duas vezes. “Foi através do currículo, então procurei tudo que eu já fiz na faculdade para conseguir preencher. Chorei muito quando vi que tinha sido aprovada, foi uma sensação de dever cumprido”, lembra.
A estudante retornou a Aracaju em agosto e trouxe consigo uma intensa jornada de aprendizado, em uma das principais instituições hospitalares de referência no país. O que mais lhe impressionou foi a existência de exames que ela própria nunca imaginou que existissem. “Percebi como existem exames novos, diagnósticos rápidos e precoces. Aprendi muito conceito novo, condutas diferentes e práticas. Me impressionei também na agilidade de diagnóstico e em como os profissionais se comunicam entre si. Tudo é passado de uma especialidade para outra com muita agilidade, tudo acaba sendo mais rápido, mais dinâmico e mais esclarecedor”, disse.
Para Thalitta, a rotina de exames, conversas com pacientes e outras experiências lhe fez aprender que nada se iguala a uma prática bem feita, por mais que se tenha um maior domínio da teoria. Esses aprendizados também se estenderam para a vida da jovem estudante: “Entendi que a vida passa rápido, que as pessoas precisam de ajuda e muitas vezes não é só uma medicação, é uma simples conversa que cura. O internato me ensinou a ser mais paciente, mais cautelosa e cuidadosa”, acrescentou, destacando ainda a contribuição da Unit para a sua formação, com a qualidade dos estágios e a competência dos professores.
Thalitta entrou agora no último ano do curso de Medicina e deve se formar no período 2024.1. Em breve, ela tomará em definitivo a decisão sobre qual especialidade seguir, já que, além da gastroenterologia, suas especialidades de interesse são a pediatria e a ginecologia obstétrica. Sobre a residência, ela já sabe que será em São Paulo e numa destas especialidades. E também uma certeza: vai realizar um sonho acalentado desde criança, quando seu interesse pela medicina foi despertado pelas idas a consultórios médicos: “Sempre achei bonito o ato de cuidar”.
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