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O que são os fundos imobiliários e porque eles estão atraindo investidores

Fundos que reúnem recursos para aplicações em imóveis podem ter crescimento no ano de 2024; professor explica que o investimento é simples e tem duas formas de remuneração, mas têm risco moderado

às 12h05
Os chamados Fundos Imobiliários (FIIs), que reúnem recursos de investidores para aplicação em investimentos imobiliários, como compra e construção de imóveis (PhotoMIX Company/Pexels)
Os chamados Fundos Imobiliários (FIIs), que reúnem recursos de investidores para aplicação em investimentos imobiliários, como compra e construção de imóveis (PhotoMIX Company/Pexels)
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Com o início do ano de 2024, muita gente começa a planejar os seus investimentos, estabelecendo metas de ganho e traçando estratégias para multiplicar o dinheiro com o mínimo de perdas. Uma das opções que podem ter uma adesão maior do mercado neste ano é a dos Fundos Imobiliários, conhecidos como FIIs. Especialistas e gestores do setor de investimentos estão projetando uma maior rentabilidade e valorização dos FIIs, devido a fatores como a retomada de investimentos e as perspectivas de recuperação do mercado imobiliário e da construção civil. 

O professor Luís Carlos Beltrami, do curso de Trade de Investimentos EAD e da Pós-Graduação MBA em Finanças Corporativas, Auditoria e Controladoria, ambos da Universidade Tiradentes (Unit), explica que os fundos de investimento são uma comunhão de recursos destinados à aplicação em ativos financeiros, na compra e na construção de imóveis,.e que se organizam em uma estrutura similar à de um condomínio e rendem um montante a ser utilizado na compra e na construção de imóveis.

“Os Fundos Imobiliários são considerados um fundo de condomínio fechado, ou seja, são aqueles em que as cotas podem ser resgatadas somente no término do prazo de duração do fundo, e a entrada e a saída de cotistas não é permitida. Nesse caso, as cotas são vendidas no mercado secundário da Bolsa de Valores”, diz Beltrami, acrescentando que eles são geridos por gestores profissionais com conhecimento e certificação para exercerem esta função; e que os imóveis ou ativos imobiliários são escolhidos conforme a tese de investimento e a estratégia definida pelo fundo. 

Além das expectativas por um aquecimento mais intenso do setor, o professor aponta que a tendência de crescimento dos FIIs para 2024 também se deve à queda na taxa de juros Selic. Conforme o último boletim Focus do COPOM (Comitê de Política Monetária do Banco Central), essa taxa pode cair de 11,75% para 9% ao final de 2024, o que impacta na remuneração dos produtos de renda fixa. “Assim, a renda variável passa a ser mais interessante para os investidores, especialmente se verificarmos o crescimento no Índice Ibovespa nos últimos 12 meses (38%). Nesse sentido, os FIIS podem ser uma excelente opção para os investidores diversificarem seus investimentos, especialmente considerando as suas vantagens”, orienta ele.

Ganhos e riscos

Os FIIs são produtos de renda variável, voltados a investidores com um perfil de risco moderado. Beltrami afirma que as grandes vantagens destes fundos são: 

• Remuneração: o investidor pode ganhar de duas formas: rendimentos pagos pelo fundo, na forma de dividendos isentos de IR, ou com a valorização da cota e sua venda;
• Isenção fiscal sobre os rendimentos e pagamento mensal, gerando uma nova fonte de renda;
• Maneira de investir em imóveis com baixo valor de investimento, a partir de um valor menor do que R$ 100,00;
• Maior liquidez, ou seja, facilidade de negociar as cotas, bem diferente de um imóvel;
• Simplicidade do investimento;

Apesar das vantagens, os fundos imobiliários também têm riscos relacionados à oscilação de valores, pois são produtos de renda variável em decorrência de vacância dos imóveis ou outros fatores ligados à gestão do imóvel pelo administrador do fundo. Dessa forma, segundo o professor Beltrami, o investidor deve conhecer, definir seus objetivos e fazer um perfil de risco, para verificar a aderência com o investimento.

“O ideal é o investidor estudar os fundos antes da sua aquisição, analisando não apenas o Dividend Yeld, mas também o perfil do fundo, quais imóveis são geridos, vacância (nível de desocupação dos imóveis), dentre outros aspectos. Contudo, sempre é importante contar com  a ajuda de profissionais como os assessores de investimentos, que podem auxiliar na gestão do portfólio”, diz Luís Carlos. 

com informações do BM&C News

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