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Os desafios da pós-graduação em Educação no Brasil

A temática foi discutida durante o seminário de apresentação do PPED da Universidade Tiradentes

às 19h11
Com o intuito de discutir a evolução e os desafios da pós-graduação em Educação no Brasil, a Universidade Tiradentes, por meio do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Educação (mestrado e doutorado), realizou nos dias 12 e 13 de março o seminário de apresentação do PPED 2018 com a presença do professor Dr. João Batista Nunes, coordenador do Fórum Nacional de Coordenadores de Programas de Pós-Graduação em Educação – Forpred – da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação.
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De 1966, ano de implantação do primeiro mestrado em Educação no Brasil, aos dias atuais, houve um crescimento significativo da área e dos programas de pós-graduação no país. Para se ter uma ideia, de 2010 a 2018, o número passou de 121 para 176 programas. O quadro representa uma das maiores áreas de avaliação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – Capes.

“Tivemos também, na última avaliação, um crescimento considerável no número de programas consolidados com nota 5. Basta pegar um exemplo da região Nordeste, que saiu de um para cinco programas com esta nota. Então, houve um efetivo crescimento na qualidade dos programas, o que mostra a sua consolidação como área em termos de pós-graduação”, salienta Dr. João.

No entanto, ainda há muito o que melhorar. Para o coordenador, ainda é preciso minimizar as assimetrias regionais. “No Norte, Nordeste e Centro-oeste, ainda não possuímos programas com notas 6 e 7, os chamados de programa de excelência, um padrão internacional. Precisamos fortalecer a pós-graduação nas várias regiões e nos estados. Precisamos também interiorizar para garantir que a formação de mestres e doutores no campo da educação abranja a maior quantidade de regiões possíveis para contribuir para a melhoria da educação básica e da própria educação superior. Então, é preciso garantir que este quantitativo de mestres e doutores que venham a ser formados traga uma contribuição efetiva para a sociedade e para a educação brasileira”, enfatiza.

Além das diferenças das regiões, o pesquisador também cita o próprio sistema de avaliação da pós-graduação como um grande desafio. “O que tem acontecido é que os critérios de avaliação são definidos já ao final do período. Isso acaba gerando distorções, pois os programas planejam suas ações ao longo do período avaliativo. Consideramos que estes indicadores e aspectos deveriam ser definidos logo no início do período avaliativo”, pondera.

Sobre a aula inaugural

Durante dois dias, o PPED reuniu novos discentes, docentes e alunos do programa com o intuito de dar as boas-vindas às novas turmas.

“Um dos objetivos do nosso programa é formar pesquisadores e contribuir para uma melhor formação docente. Este é o tempo para vocês de construção, muitas atividades e integração, sejam nos projetos dos professores de vocês ou grupos de pesquisa. Nossa proposta é criar, oportunidades de ampliar e rever conhecimentos adquiridos nos níveis anteriores de formação”, declara o professor Dr. Cristiano Ferronato, coordenador do PPED.

Na ocasião, o programa também comemorou o conceito 4, na avaliação da quadrienal 2013-2016 pela Capes. “O momento é de alegria, mas, também, de tomada de consciência de que cresce nossa responsabilidade na manutenção da qualidade do PPED/UNIT. O avanço no perfil de qualidade do Programa é tarefa cotidiana de cada estudante, professor e funcionário do PPED”, destaca Ferronato.

“Esses eventos são importantes momentos de discussão, reflexão e troca de conhecimentos. É uma jornada que não é fácil, mas muito prazerosa, porque no final a gente percebe que nós nos transformamos”, comenta a diretora de pesquisa da Unit, professora Dra. Juliana Cardoso.

Além da palestra com o professor Dr. João Batista, docentes do programa realizaram rodas de conversas, nas quais apresentaram projetos e grupos de pesquisas, entre outras temáticas.

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