Muitas crianças, motivadas pela curiosidade em descobrir o mundo e o porquê das coisas, já disseram que queriam ser cientistas quando crescessem. Este sonho de infância pode ser despertado na juventude, em plena universidade, através dos programas de iniciação científica. O Grupo Tiradentes mantém programas que, em todas as unidades, incentiva os alunos a trabalharem junto com os professores em pesquisas que buscam entender e resolver questões dos mais variados ramos da sociedade.
Um dos caminhos para iniciar uma futura carreira como cientista está nos programas institucionais de bolsas, voltadas para a iniciação científica ou tecnológica e de inovação. São programas com pesquisas e projetos desenvolvidos pelos estudantes, acompanhados pelos professores e financiados pela própria instituição de ensino, ou por agências públicas de fomento à pesquisa, como o CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) e as fundações estaduais de amparo à pesquisa (Fapitec/SE, Fapeal/AL e Facepe/PE).
“Eles têm objetivo geral de despertar a vocação científica e incentivar os talentos potenciais entre os estudantes que ainda estão fazendo o curso de graduação. É uma vocação que os estudantes têm ainda na graduação e não sabem até que tem essa vocação. E que através dessa oportunidade de participar do programa, ele possa se tornar um pesquisador. Não tem o objetivo de estimular a carreira acadêmica, mas também traz habilidades e competências na área também profissional”, define a professora Adriana Karla de Lima, coordenadora de Pesquisa da Universidade Tiradentes (Unidade Sergipe).
Além dos programas institucionais (Pibic e Pibiti) mantidos pelos governos, as próprias unidades do Grupo Tiradentes também possuem seus próprios programas de bolsas de Iniciação Científica (Probic) e em Desenvolvimento Tecnológico e de Inovação (Probiti). Os estudantes podem concorrer a essas bolsas, de R$ 400 mensais pagos durante um ano, através de editais lançados anualmente. “A Pró-Reitoria de Pesquisa disponibiliza anualmente um edital para concorrência de iniciação científica e iniciação tecnológica, entre todos os alunos da graduação. Nós disponibilizamos a modalidade para os alunos que vão concorrer a bolsas, que são oriundas de uma cota da própria universidade”, informa o professor Diego Menezes, presidente do Instituto de Tecnologia e Pesquisa (ITP), ligado ao Grupo Tiradentes.
Nos últimos editais, lançados no ano passado, os programas de pesquisa da Unit Sergipe tiveram 50 bolsas ofertadas pelo Probic, 10 pela Fapitec/SE e 36 angariadas junto ao CNPq. Já em Alagoas, foram 37 bolsas pelo Probic e 15 pelo Pibic. Há ainda o Programa Voluntário de Iniciação Científica (Provic), onde os estudantes participam das atividades de pesquisa como voluntários, mas ganham chances de conquistar uma bolsa no ano seguinte. Apenas em Sergipe, o Provic teve 236 alunos voluntários.
Requisitos
Mas não basta apenas se inscrever para uma bolsa. É preciso ter um projeto de pesquisa que deve ser bem construído e orientado por um professor da universidade, que seja mestre ou doutor. De acordo com Adriana, o aluno precisa pensar em um tema de sua afinidade ou interesse, e em cima dele montar um pré-projeto de pesquisa. “É ter uma ideia, estudar bastante sobre aquele tema e definir uma linha de raciocínio, elaborando um pré-projeto e procurando um professor. O aluno, ele pode até iniciar o projeto sozinho, mas ele vem junto com o professor para refinar esse projeto, e juntos eles vão elaborar esse projeto com mais complexidade, com mais qualidade, para que ele seja submetido a um processo seletivo”, explica.
O histórico escolar do aluno, incluindo o rendimento nas disciplinas, e o currículo do orientador também são critérios avaliados na seleção dos projetos. Uma vez escolhidos, os bolsistas permanecem um ano trabalhando no desenvolvimento das pesquisas, cujos resultados são apresentados e avaliados nas Semanas de Pesquisa e Extensão da Unit (Sempesq), também realizadas anualmente. Esse projeto será apresentado ao público interno e a uma comissão externa de pesquisadores enviados pelo CNPq, que geralmente são doutores e bolsistas de produtividade em pesquisa, nas mais diversas áreas do conhecimento”, destaca Diego.
Os alunos participantes da iniciação científica podem, ao fim da graduação, prosseguirem com os estudos acadêmicos, em cursos de mestrado e doutorado, atuar em instituições de pesquisa ou mesmo trabalhar na iniciativa privada. Para a professora Adriana, o estudante ganha muito mais do que chances de colocação no mercado de trabalho. “A pesquisa científica estimula ações de reflexão, de interação entre os diferentes pensamentos.O aluno que passou por um programa de iniciação científica tem um perfil diferenciado, principalmente nas questões de capacidade de análise crítica, a questão da maturidade intelectual”, afirma ela, destacando ainda que, profissionalmente, esse aluno é mais preparado para enfrentar e superar desafios.
Ascom | Grupo Tiradentes