O mês de junho trouxe uma celebração especial para as idosas participantes do Programa de Assistência Integral à Melhor Idade (PAIMI), da Universidade Tiradentes (Unit). Com quadrilha, casamento caipira e uma decoração feita à mão, a tarde junina se tornou um momento de alegria e confraternização, destacando a importância de eventos que promovem a criatividade e a socialização entre as participantes.
Para a coordenadora do PAIMI, Zulnara Mota, a festa junina é uma das mais esperadas do ano. “O São João nos remete muito à nossa infância: a fogueirinha na porta, assar milho, soltar fogos e participar das brincadeiras, como a busca-pé. Na nossa época, tínhamos a chuvinha de fogos e comíamos canjica e milho assado na brasa da fogueira, uma tradição que guardamos com carinho. Não podemos esquecer do licor de jenipapo feito pelos nossos antepassados”, relembra Zulnara.
A preparação para a tarde junina foi marcada por um trabalho coletivo de decoração, com as idosas confeccionando bonecos e enfeites usando materiais reciclados. Zulnara enfatiza a importância dessa atividade. “Nossa decoração está toda voltada para o regionalismo. As colchas são feitas de pedacinhos de tecido e fuxicos, destacando as figuras do ciclo junino: Santo Antônio, São João e São Pedro. Aproveitamos para reciclar materiais, seguindo o lema de que o planeta agradece”, destaca a coordenadora do Paimi.
Um dos pontos altos da festa foi a apresentação de uma quadrilha improvisada, coreografada pelas idosas durante as aulas de dança-terapia. ” A dança-terapia, ou terapia do movimento da dança, nos permite trabalhar o lado cognitivo e emocional das alunas, resgatando músicas antigas. Além disso, fortalecemos a coordenação motora e a musculatura, tudo por meio da dança. É um momento de mostrar um pouco de tudo isso com uma quadrilha junina, aproveitando a época do ano para fazer um resgate cultural, com vestimentas tradicionais, comidas típicas, quadrilha e forró”, explica o professor de dança-terapia, Sidney Rocha.
Outro momento divertido foi o casamento matuto, que contou com Maria de Lourdes Vasconcelos como noiva. Ela também foi uma das responsáveis pela confecção das colchas de fuxico. “Sou muito feliz por fazer parte do Projeto Paimi. Celebrar datas comemorativas é uma ótima oportunidade para resgatar a nossa cultura. O mais legal é que nós, idosas, confeccionamos o material, o que nos ajuda a despertar nossas habilidades e praticá-las. Esses momentos são especiais, pois nos permitem trabalhar em conjunto, fortalecer laços e manter vivas as tradições culturais”, enfatiza Maria de Lourdes.
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