Com a pandemia do novo coronavírus, a sociedade passou a entender a saúde e a qualidade de vida por uma nova ótica. Mudanças de hábitos, rotinas e prioridades, principalmente em relação a novos comportamentos como a prática de exercícios físicos e cuidados com a alimentação.
Foi o que revelou uma pesquisa internacional divulgada pelo Hypeness, em parceria com a MindMiners. Entre os entrevistados, 36% reduziram o consumo de refrigerantes, 30% diminuíram a ingestão de açúcares e doces e 25% passaram a comer menos carne vermelha. Outro ponto observado foi que a busca por alimentos naturais ou orgânicos avançou e 57% dos consultados aumentaram a ingestão de verduras, legumes e frutas em suas dietas e 48% passaram a consumir mais sucos naturais.
“Considerando as incertezas causadas pela pandemia e os impactos gerados não apenas em questões relacionadas à saúde, as pessoas começaram a desacelerar mais, cuidar da saúde e observar a alimentação. Dessa forma, passaram a optar cada vez mais por uma alimentação mais saudável, acreditando e buscando os benefícios funcionais dos alimentos e reduzindo cada vez mais alimentos processados”, declara a professora da Universidade Tiradentes, doutora Thaís Trindade.
Para a especialista, a pandemia impactou positivamente a alimentação dos brasileiros. “Por estar mais tempo em casa e, com a redução de alguns salários, definitivamente esses foram fatores que possam ter influenciado no incentivo da produção de alimentos em casa. Dessa forma, os brasileiros começaram a economizar produzindo seu próprio alimento e tendo opções de consumir e escolher alimentos mais saudáveis”, salienta.
Thaís Trindade destaca ainda que a mudança dos hábitos também gerou novas perspectivas para os negócios no setor alimentício. “O ramo da alimentação foi um dos setores que mais teve que inovar para que pudesse manter a empresa em funcionamento. Acredito que estamos em um momento em que todos estão preocupados com a saúde e os novos hábitos farão com que as empresas se adaptem cada vez mais a esse público”, enfatiza a docente da Unit.
“As empresas que já adotam a alimentação saudável têm que sempre adaptar as necessidades do público, rever a forma de se posicionar no mercado, atender seus clientes ou até mesmo promover oficinas com receitas e métodos de produção dos alimentos saudáveis”, finaliza.
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