ESTUDE NA UNIT
MENU

Parceria entre Unit e Secretaria da Mulher promove ação sobre saúde emocional no trabalho

Projeto de extensão discute comunicação não violenta e inteligência emocional com servidores públicos e contribui para ambientes institucionais mais saudáveis

às 19h28
Compartilhe:

Em tempos de crescente esgotamento emocional e tensão nos ambientes de trabalho, especialmente no setor público, torna-se cada vez mais urgente discutir como o cuidado com a saúde mental dos profissionais impacta diretamente a qualidade do serviço prestado à sociedade. Muito além de um discurso sobre bem-estar, práticas como a comunicação não violenta e a inteligência emocional vêm sendo reconhecidas como estratégias essenciais para a construção de ambientes organizacionais mais humanos, colaborativos e eficazes.

É com base nessa premissa que o projeto “Comunicação Não Violenta e Inteligência Emocional com os profissionais da Secretaria da Saúde da Mulher” foi desenvolvido por alunos do 5º período do curso de Psicologia da Universidade Tiradentes (Unit). A iniciativa faz parte das Práticas Inovadoras de Projeto de Extensão (PIPEX), uma metodologia que proporciona aos estudantes a oportunidade de aplicar os conhecimentos adquiridos em sala de aula em situações reais, desenvolvendo habilidades e competências essenciais para a sua formação e para o mercado de trabalho.

A intervenção foi direcionada aos profissionais da Secretaria de Políticas para as Mulheres, entre eles a própria secretária e delegada Danielle Garcia, que elogiou publicamente a atuação dos estudantes. “Essas ações qualificam o atendimento à população e promovem relações mais saudáveis entre os servidores. Os seminários realizados contribuíram para a construção de um ambiente de trabalho mais colaborativo e para a prevenção de conflitos internos”, destacou a secretária.

Danielle também reforçou a importância da parceria entre a Secretaria de Políticas para as Mulheres e a Universidade Tiradentes, destacando os benefícios mútuos. “Isso permite a prestação de serviços de qualidade para o público-alvo das políticas públicas da SPM e a aquisição de experiência para os alunos, que serão futuros profissionais mais sensíveis à realidade de atuação, em razão de não ficaram restritos aos conhecimentos acadêmicos”, complementa.

Da teoria à prática

Segundo a psicóloga e professora Keziah Costa, consultora do programa, a proposta da intervenção foi cuidadosamente elaborada para atender ao grau de complexidade que os alunos do quinto período já são capazes de desenvolver. “Cada projeto é pensado de forma progressiva. No caso da parceria com a Secretaria de Políticas para as Mulheres, trabalhamos com temas que são fundamentais para os relacionamentos no ambiente de trabalho. A proposta está diretamente alinhada às competências que os alunos estão desenvolvendo neste momento do curso”, explica Keziah.

Após a fundamentação teórica, os alunos realizam uma visita diagnóstica à instituição parceira para conhecer o ambiente, o público-alvo e alinhar as expectativas com a mentora da Secretaria. De volta à sala de aula, eles elaboram um questionário, aplicado aos colaboradores, para finalizar o diagnóstico institucional. Com base nesses dados, a proposta de intervenção é construída e apresentada à mentora. “Após a aprovação, no segundo trimestre, os alunos partem para a execução da intervenção. No caso, foi uma palestra para os profissionais”, explica Keziah, dividindo o processo em duas etapas: relatório diagnóstico no primeiro trimestre e intervenção no segundo. 

Experiência para os Alunos

A vivência no PIPEX tem sido transformadora para os estudantes. João Victor Mota Nascimento, que participou da ação, destaca o impacto da experiência, especialmente pela presença de figuras públicas como a delegada Danielle Garcia. “Danielle já tem uma vasta experiência nas relações interpessoais e, mesmo atuando em um ambiente extremamente estressante, acolheu com empenho os temas propostos, reconhecendo sua relevância. Foi nítido o quanto ela se identificou, e a intervenção conseguiu somar à sua história. Também foram marcantes as falas de outros participantes sobre a importância de parar para refletir sobre questões que fazem parte do cotidiano, mas muitas vezes passam despercebidas”, compartilha.

Suas funções durante a intervenção envolveram a psicoeducação sobre comunicação não violenta e inteligência emocional, escuta empática e a condução de dinâmicas que aproximassem o conteúdo teórico da prática no ambiente de trabalho. A preparação, segundo João Victor, foi rigorosa, com aprofundamento nos estudos das temáticas e testes das práticas entre os próprios integrantes do grupo. “O grupo foi norteado por bastante engajamento, disciplina e estudo, para que pudéssemos aplicar todo o conteúdo proposto de maneira responsável e profissional”, afirma.

A professora Keziah Costa confirma os resultados positivos da intervenção, destacando o engajamento da instituição e dos funcionários. “A temática abordada é extremamente relevante. Muitas vezes, práticas como a comunicação violenta passam despercebidas nas rotinas institucionais. A intervenção dos alunos trouxe um nível de conscientização e mudança nesse aspecto”, pontua. Ela enfatiza a necessidade de continuidade para que as práticas de comunicação não violenta e inteligência emocional se mantenham efetivas, evidenciando que a iniciativa foi um “ganho mútuo” para alunos e instituição.

Leia também: Unit integra projetos de várias áreas em sua 13ª participação no Projeto Rondon

Compartilhe: