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Parteiras brasileiras são declaradas patrimônio cultural do país

Esse reconhecimento não apenas celebra a história e os conhecimentos dessas mulheres, mas também abre portas para mudanças significativas em termos de políticas públicas

às 21h29
Reprodução: IPHAN
Reprodução: IPHAN
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O reconhecimento do Ofício, Saberes e Práticas das Parteiras Tradicionais do Brasil como Patrimônio Cultural pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) marca um momento significativo na história e na valorização das tradições brasileiras. Esta decisão não só ressalta a importância dessas mulheres na sociedade, mas também traz uma série de benefícios e mudanças que podem impactar positivamente tanto as parteiras quanto as comunidades que elas atendem.

As parteiras tradicionais desempenham um papel fundamental em diversas comunidades brasileiras, especialmente em áreas rurais e indígenas onde o acesso a serviços de saúde é limitado. Com seu conhecimento transmitido ao longo de gerações, elas combinam práticas ancestrais com uma profunda conexão com a natureza, garantindo o bem-estar de mães e bebês.

Saúde e bem-estar comunitário

Em muitos casos, as parteiras são a única opção para as mulheres em regiões remotas. Elas oferecem não apenas assistência durante o parto, mas também apoio emocional e orientação sobre cuidados maternos e infantis. Isso fortalece os laços comunitários e promove uma abordagem mais humana e culturalmente sensível à saúde.

Entre os principais benefícios estão:

  • Fortalecimento das práticas tradicionais: O reconhecimento pelo Iphan aumenta a visibilidade das parteiras tradicionais, promovendo o respeito e a valorização de suas práticas dentro e fora de suas comunidades. Isso pode levar a um fortalecimento das tradições locais e à continuidade dessas práticas por futuras gerações.
  • Apoio e políticas públicas: Com a oficialização desse reconhecimento, há um aumento na probabilidade de que políticas públicas sejam criadas ou aprimoradas para apoiar as parteiras. Isso pode incluir programas de formação, recursos financeiros e materiais, e a criação de redes de apoio para que elas possam continuar seu trabalho de forma mais eficaz.
  • Impacto social e cultural: O reconhecimento também reforça o papel das parteiras como agentes de mudança social. Elas não só atendem as necessidades de saúde das mulheres, mas também promovem o empoderamento feminino, a autonomia das comunidades e a preservação de conhecimentos ancestrais que são parte fundamental da história do Brasil.

O que muda com o reconhecimento

Com a declaração das parteiras como Patrimônio Cultural, várias mudanças positivas podem ocorrer:

  • Valorização social: As parteiras ganham um novo status social, sendo reconhecidas não apenas em suas comunidades, mas em todo o país, como guardiãs de um saber essencial.
  • Incentivo à formação: O reconhecimento pode estimular a criação de cursos e programas de formação para novas parteiras, garantindo que essas práticas continuem a ser passadas adiante.
  • Melhoria das condições de trabalho: As parteiras podem ter acesso a melhores condições de trabalho, com mais recursos e suporte para desempenharem suas funções com segurança e eficiência.

Impacto a longo prazo

O impacto do reconhecimento das parteiras como Patrimônio Cultural vai além do imediato. A longo prazo, espera-se que:

  • Aumento da conscientização: Haverá um aumento na conscientização sobre a importância das parteiras, tanto no Brasil quanto internacionalmente, promovendo o respeito por essas práticas tradicionais.
  • Sustentabilidade das comunidades: As comunidades que dependem das parteiras poderão se beneficiar de maior autonomia e resiliência, com práticas de saúde que respeitam suas culturas e tradições.
  • Fortalecimento das identidades locais: Ao proteger as práticas das parteiras, o Brasil também fortalece suas identidades locais e regionais, celebrando a diversidade cultural que é uma característica marcante do país.

Com informações do site do Governo de Sergipe 

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