Estudantes e profissionais que desenvolvem pesquisas em biotérios participam nesta semana do 1º Encontro de Bioterismo da Universidade Tiradentes – Unit – realizado no Campus Farolândia. Entre os temas tratados na abertura do evento, nesta segunda-feira, 17, estão a capacitação dos que trabalham nesses laboratórios e a legislação vigente no País.
O professor Milton Amado, chefe do Biotério Geral da Universidade Federal de Pelotas, fez a palestra de abertura. Para ele a ciência de biotérios é um dos principais fundamentos para quem faz experiências e ainda será muito utilizada no Brasil, que hoje compete em igualdade com laboratórios internacionais, mas ainda é preciso avanços na legislação. “A lei que está em vigor é a mesma desde 1934, tem termos rebuscados e interpretação dúbia. Por exemplo, essa lei diz que todos os animais são tutelados pelo Estado, mas não especifica quais são os gêneros e por isso até insetos poderiam receber essa tutela”, argumenta.
A organização do evento é da Comissão de Ética do Uso Animal – CEUA/Unit – e de acordo com a coordenadora do órgão, a professora Maria Júlia Nardeli, a ideia surgiu a partir de uma consolidação nacional em prol da qualidade física dos biotérios e da capacitação dos profissionais, pesquisadores e estudantes que desenvolvem atividades nesses locais. “É importante discutir essas questões porque as pesquisas vão ser realizadas com mais segurança. O estresse animal, a segurança e o espaço físico de um biotério podem comprometer uma pesquisa inteira”, avalia.
Ao longo dos demais dias do evento será possível acompanhar a discussão de temas como o manuseio de animais, práticas de bioterismo e eutanásia.
Fotos – Marcelo Freitas