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Projeto Adapte Mais eleva autoestima de crianças autistas e com TDAH


às 21h53
Ao tomar conhecimento sobre o trabalho desenvolvido pelo projeto Adapte Mais as mães trazem seus filhos que são atendidos gratuitamente com ações de socialização
Antônio Felipe de Oliveira Alves , 11 anos, participa pela primeira vez do projeto
Antônio Felipe de Oliveira Alves , 11 anos, participa pela primeira vez do projeto
Jona está no projeto desde o início e mesmo formado, decidiu continuar o voluntariado
Concentrado na bola, a criança esteve muito à vontade durante as atividades recreativas
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Criado no final de 2016, o projeto de extensão ‘Adapte Mais’ se destina a oferecer as atividades da cultura corporal atendendo crianças, jovens e adultos que apresentem qualquer tipo de deficiência. Está diretamente ligado ao curso de Educação Física presencial da Unit e é coordenado pela sua idealizadora, professora Núbia Lira. Aberto à comunidade, acontece durante as tardes das quartas-feiras numa das quadras cobertas do Complexo Desportivo da Unit, no Campus Farolândia. Após as férias letivas, suas atividades foram retomadas na tarde dessa quarta-feira, 13.

“É um projeto com avaliação diagnóstica contínua que também trabalha com as famílias, alternando momentos de integração entre pais e alunos e momentos em que apenas as crianças recebem os necessários cuidados dos alunos voluntários de Educação Física”, explica a professora Núbia.

A partir da observação de todo o processo de desenvolvimento motor das crianças são constatados avanços significativos, fato que torna o projeto imprescindível, especialmente para mães que desejam que os seus filhos tenham atenção especial quando o assunte é inserção social.

Desenvolvido em sua maioria com crianças (apesar de destinado a todas as faixas etárias), o projeto ‘Adapte Mais’ presta importante serviço a quem tem comprometimento de sociabilidade pela dificuldade de lidar com outras pessoas. “Todos eles estão dentro das deficiências intelectuais, muitos deles com autismo e Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), transtorno neurobiológico de causas genéticas que aparece na infância e frequentemente acompanha o indivíduo por toda a sua vida.

“Eles chegam com total dificuldade de olhar para as outras pessoas, de compreender informações simples com autonomia”, afirma a coordenadora. Ela salienta que o propósito do projeto é que as crianças se sintam inseridas nas atividades e compreendam a ordem, sequência e a lógica dessas atividades e descubram o que deve ser feito em cada ação proposta. “Quando isso ocorre e eles começam a ter autonomia, estamos cumprindo uma tarefa extremamente importante para que eles se transformem em sujeitos cada vez mais com autonomia”, conclui a professora Núbia.

O egresso Jonas Oliveira dos Santos gostou tanto de atuar como voluntário do projeto enquanto estudante que prossegue acompanhando as ações praticadas durante as tardes das quartas-feiras.

“Considero como de grande importância o projeto pela experiência que ele me dá. É um constante aprendizado para todos nós saber lidar com essas crianças com deficiências”, explica Jonas.

Prestes a completarem 2 anos, Celeane Roberta Figueiredo percebeu que um dos seus gêmeos (hoje com 5 anos) tem autismo. Informada sobre o projeto, frequenta desde o período passado as sessões e se diz estimulada pelo fato de perceber que tem havido uma evolução no comportamento da criança.

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